Pelo menos dez mortos e 15 feridos em esfaqueamentos no Canadá

Polícia canadiana continua à procura dos dois homens suspeitos dos ataques, pertencentes a duas comunidades indígenas, e continua a investigar os 13 locais onde ocorreram os assassinatos. Drogas foram apontadas como causa para os crimes.

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Damien Sanderson e Myles Sanderson, os suspeitos do crime ainda procurados pelas autoridades Reuters/RCMP

Dez pessoas foram mortas e pelo menos 15 ficaram feridas, no passado domingo, na sequência de esfaqueamentos na província canadiana de Saskatchewan. A polícia já comunicou que está à procura dos dois homens, Damien Sanderson e Myles Sanderson, que estariam a viajar num SUV Nissan Rogue preto, suspeitos dos ataques e que continua a investigar os 13 locais do crime onde as vítimas foram assassinadas.

O líder da federação das Nações Indígenas Soberanas do Canadá revelou que os esfaqueamentos em causa envolvem duas comunidades indígenas da província de Saskatchewan e podem estar relacionados com drogas.

“Esta é a destruição que enfrentamos quando drogas ilegais nocivas invadem as nossas comunidades”, disse o chefe Bobby Cameron. “Exigimos que todas as autoridades tomem a direcção dos chefes, dos Conselhos e dos seus membros para criar comunidades mais seguras e saudáveis para o nosso povo”, concluiu o líder da federação indígena.

A comissária da Polícia Montada do Canadá, Rhonda Blackmore, confirmou que foram localizados “dez mortos em 13 locais” em duas comunidades da Nação James Smith Cree Nation e na cidade vizinha de Weldon, ambas em Saskatchewan, no centro do país. De acordo com as investigações preliminares, algumas vítimas foram esfaqueadas intencionalmente, enquanto outras foram agredidas de forma aleatória.

As autoridades da Nação James Smith Cree declararam o estado de emergência e criaram dois centros de operações de emergência para “prestar apoio à saúde às três comunidades” na reserva.

Calvin Sanderson, chefe da comunidade Chakastaypasin, que faz parte da Nação James Smith Cree, disse que toda a comunidade foi afectada pelos esfaqueamentos. “Eram nossos familiares (…) é bastante horrível”, salientou.

As forças de segurança continuam a tentar localizar os presumíveis autores dos ataques de domingo Damien Sanderson e Myles Sanderson, de 31 e 30 anos, respectivamente. A polícia de Regina referiu estar a trabalhar, com o apoio da Polícia Montada, em várias frentes para deter os suspeitos, tendo “mobilizado recursos adicionais para a segurança pública em toda a cidade”, de acordo com um comunicado.

Os suspeitos foram avistados pela primeira vez em Regina, capital de Saskatchewan, mas o alerta e as operações de busca estenderam-se às vizinhas províncias de Manitoba e Alberta, uma vasta região com metade do tamanho da Europa.

Rhonda Blackmore acrescentou que, além das dez vítimas mortais, várias pessoas ficaram feridas, 15 das quais tiveram de ser transportadas para diferentes hospitais. A autoridade de Saúde de Saskatchewan, citada pela agência de notícias Associated Press, avançou que várias vítimas estavam a ser tratadas em diversos locais.

Os ataques são “horríveis e perturbadores”, disse o primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau, na rede social Twitter.

“Os meus pensamentos estão com as pessoas que perderam um ente querido e com as que ficaram feridas”, escreveu o líder canadiano na rede social Twitter.

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