Há 100 anos: linha de cor e “colonização-crime” em Mário Domingues

Foto
Mário Domingues (1899-1977) nasceu em São Tomé e Príncipe e morreu em Lisboa

Mário Domingues foi o primeiro autor em Portugal no século XX, e também um pioneiro a nível internacional, no pensamento sobre a condição política, social e psicológica dos negros e associada à escravatura e à colonização. Na década de 1920, foi o mais importante precursor de um novo ideário, alinhado com as mais clarividentes figuras do movimento negro internacional, contra o racismo e a colonização. Passou um século da publicação da sua série de artigos, intitulada “Para a História da Colonização Portuguesa”, no diário A Batalha. Nos 22 textos que compõem este conjunto, o então jovem cronista – 23 anos a 3 de julho de 1922 – denunciou a desigualdade de direitos civis, políticos e sociais das populações negras africanas colonizadas, acompanhou a perspetiva da “linha de cor” de Du Bois, legou-nos o conceito da “colonização-crime” e defendeu uma conceção confederal para a libertação de África de acordo com o prisma anti-nacionalista, internacionalista e anti-capitalista próprio das suas convicções libertárias.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários