O mundo crepuscular de Satyajit Ray

Dois filmes de Satyajit Ray que nunca tinham sido exibidos no circuito comercial português (e são, portanto, estreias) chegam para animar o final do Verão cinéfilo. São dois dos mais importantes filmes de Ray, e ambos da fase inicial da sua obra, na segunda metade da década de 50: O Invicto (talvez mais reconhecível pelo título original, Aparajito, de 1956) e O Salão de Música, de 1958.

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A partida do protagonista no final de O Invicto contém imensa dor

Aparajito é o segundo tomo da trilogia com que Ray se iniciou, genericamente conhecida como a Trilogia de Apu, seguindo o crescimento do protagonista (Apu, interpretado por vários actores ao longo dos três filmes) entre a infância e a chegada à idade adulta. Constituindo, de facto, uma trilogia, não foi planeada como tal – foi o sucesso, sobretudo o sucesso internacional, do primeiro filme (Pather Panchali, de 1955) que levou a Ray a acrescentar um segundo momento à história de Apu, e tendo-se o sucesso repetido e até ampliado com Aparajito Ray voltou à personagem uma terceira vez com O Mundo de Apu, em 1959 (e o filme em que Apu, já jovem adulto, é interpretado pelo recentemente falecido Sumitra Chatterjee, que se tornaria um actor-chave de Satyajit Ray).

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