PCP lembra Mikhail Gorbatchov como destruidor da União Soviética

O Partido Comunista Português considera que o último Presidente da União Soviética é responsável pelo fim do sistema comunista.

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O PCP é liderado por Jerónimo de Sousa Nuno Ferreira Santos

Em reacção à morte de Mikhail Gorbatchov, o Partido Comunista Português (PCP) criticou nesta quarta-feira o último líder da União Soviética por ter contribuído para a queda do bloco soviético e dado espaço à entrada do sistema capitalista na actual Federação da Rússia.

“Gorbatchov foi um dos principais responsáveis pela destruição da União Soviética e a restauração do capitalismo na Rússia, quando o que se impunha era o aperfeiçoamento do socialismo”, afirma o PCP numa nota enviada às redacções.

Os comunistas consideram ainda que a intervenção de Gorbatchov durante os anos em que esteve à frente da União Soviética contribuiu “para abrir caminho à contra-ofensiva do imperialismo”, bem como para “impor a sua hegemonia no plano mundial”, o que, apontam, teve “graves consequências” para “os direitos dos trabalhadores, a soberania dos povos, a segurança na Europa e a paz do mundo”.

Para o PCP, as guerras da Jugoslávia, do Iraque, da Líbia, da Síria, do Iémen e, mais recentemente, da Ucrânia são exemplos disso mesmo.

“O reconhecimento e rasgados elogios que lhe são despendidos pelos responsáveis dos Estados Unidos da América, da União Europeia e da NATO falam por si”, acrescenta ainda o partido no comunicado.

Mikhail Gorbatchov, Presidente da União Soviética entre 1988 e 1991 e secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1985 e 1991, morreu nesta terça-feira aos 91 anos, em Moscovo.

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