O capitaclismo e o antropobsceno

A ocorrência de episódios severos derivados das alterações climáticas e a acumulação de sinais verdadeiramente obscenos nas condições de vida de muitas populações e regiões do mundo legitimam e justificam que façamos aqui a associação entre capitalismo e Antropoceno.

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Reuters/DADO RUVIC

Eles são as duas faces da mesma moeda. De um lado, o capitalismo nascido com a revolução industrial do século XVIII, do outro, as primeiras grandes emissões de CO2 com o consumo crescente e massivo de combustíveis fósseis, um período da nossa história climática que o Prémio Nobel da Química Paul Crutzen denominou em 2000 período do Antropoceno. Quase três séculos mais tarde, o capitalismo acelerou com a terceira revolução industrial e a frequência e intensidade dos acidentes climatéricos registados leva-nos a concordar com o filósofo Paul Virilio quando ele se refere à indústria dos desastres do conhecimento.

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