Aquilo que falta – e sempre faltou – às elites portuguesas
Não pretendo que as elites sejam abolidas – pelo contrário, desejo que sejam transformadas, para que um dia possam estar à altura do seu nome.
Peguemos no exemplo de um dos mais admirados políticos do século XX: Winston Churchill. Há um par de anos li a magnífica biografia que Andrew Roberts escreveu sobre ele, e lembro-me de ficar espantado com a forma destemperada como Churchill exibia os seus privilégios e a convicção de que caminhava pelo mundo alguns metros acima do comum dos mortais. No livro havia uma bela citação de Lord Birkenhead, que tratei de anotar: “Estava mentalmente escudado da incerteza sobre si mesmo.” Churchill era um membro da elite britânica e assumia ostensivamente o seu elitismo.
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