Câmara de Almada aguarda pareceres dos serviços sobre Festival Sol da Caparica

Autarquia diz que este é procedimento habitual no final de todos os eventos. Festival Sol da Caparica foi alvo de críticas nas redes sociais, quer por parte de alguns artistas, quer por parte do público, devido a problemas técnicos e alterações do programa.

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7.ª edição do Festival Sol da Caparica decorreu entre 11 e 15 de Agosto no Parque Urbano da Costa de Caparica, em Setúbal SOL DA CAPARICA

A Câmara Municipal de Almada aguarda pareceres dos serviços envolvidos no Festival Sol da Caparica sobre a forma como este decorreu para posteriormente se reunir com o promotor do evento, o Grupo Chiado, disse esta terça-feira.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a autarquia explicou que este é um procedimento habitual no final de todos os eventos. “Corrigir falhas e planear para 2023 a melhor edição de sempre é desejo e objectivo de todos –​ CMA, promotores e patrocinadores”, referiu a Câmara Municipal de Almada.

Na segunda-feira, a Associação Portuguesa de Profissionais dos Espectáculos e Eventos (APPEE) pediu à tutela da Cultura e ao município de Almada a realização de um inquérito para apurar eventuais problemas no Festival Sol da Caparica.

Numa carta aberta, a associação escreveu que pretende alertar publicamente os organismos da tutela para a necessidade de a opinião pública ser esclarecida relativamente aos acontecimentos ocorridos durante a realização do Festival Sol da Caparica, que classificou como “lamentáveis”.

Em causa, segundo a APPEE, esteve a integridade e a credibilidade, não apenas dos profissionais e artistas que foram contratados pelas entidades promotoras desse evento para a sua concretização, mas sobretudo de toda uma classe de trabalhadores no seu geral.

“Temos o dever de manifestarmos a nossa solidariedade com todos os profissionais e artistas que se viram afectados por estes acontecimentos, e relembramos que estes profissionais viram as suas vidas canceladas e procuram retomar esforçadamente as suas actividades depois de dois anos volvidos sem que à vasta maioria destes trabalhadores independentes fossem atribuídas as condições de elegibilidade para beneficiarem de adequados apoios do Estado”, pode ler-se no documento.

O festival, que decorreu entre 11 e 15 de Agosto, na Costa da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal, foi alvo de críticas nas redes sociais, quer por parte de alguns artistas, quer por parte do público, devido a problemas técnicos e alterações do programa.

The Legendary Tigerman, Miguel Ângelo ou Os Quatro e Meia foram alguns dos artistas que mostraram publicamente o seu descontentamento com o festival da Costa da Caparica.

Também da parte de quem assistiu ao festival houve queixas, existindo inclusive algumas no Portal da Queixa dirigidas ao Grupo Chiado, empresa que organizou o evento juntamente com o município de Almada.

A Câmara Municipal de Almada confirmou a recepção da missiva da APPEE e saudou “a grande adesão do público, por mérito de todos os artistas envolvidos, congratulando-se, também, pelo Festival ter ocorrido sem incidentes ao nível da segurança”.

Questionado sobre a carta aberta, na segunda-feira, o Grupo Chiado respondeu à Lusa que o Sol da Caparica 2022 esgotou todos os dias, um dado que considera ser “um facto inquestionável e que inequivocamente cala os que injustamente criticam” de uma forma que classifica de “ínvia e injusta”.

Quanto ao profissionalismo dos diversos subcontratados, a empresa realçou que mantém a máxima confiança em todos os parceiros, censurando a associação que diz ser desconhecida por “colocar em causa o profissionalismo dos seus próprios Colegas de trabalho”.

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