Meteorologista húngara demitida por previsão errada que adiou “maior fogo-de-artifício da Europa”

Governo tinha anunciado “o maior espectáculo de fogo-de-artifício da Europa”, na noite de sábado, para celebrar feriado nacional, mas adiou o evento para a semana seguinte devido a alertas de clima extremo — o que acabou por não se verificar.

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Cerca de 40 mil fogos-de-artifício estavam prontos a serem lançados no centro de Budapeste Peter Lakatos/EPA

Os dois principais especialistas meteorológicos da Hungria foram demitidos devido a uma previsão meteorológica errada que provocou algum alvoroço político.

Segundo a BBC, o governo húngaro tinha anunciado “o maior espectáculo de fogo-de-artifício da Europa”, na noite de sábado, para celebrar o feriado nacional que marca o Dia da Hungria e de Santo Estêvão.

Cerca de 40 mil fogos-de-artifício estavam prontos a serem lançados a partir de 240 pontos ao longo de um trecho de cinco quilómetros no rio Danúbio, no centro de Budapeste, num espectáculo geralmente assistido por até dois milhões de pessoas.

Porém, sete horas antes do início do espectáculo programado, o governo adiou o evento para a semana seguinte devido a alertas de clima extremo — o que acabou por não se verificar.

Embora o Serviço Nacional de Meteorologia da Hungria (OMSZ) tivesse previsto mau tempo, o clima permaneceu calmo, o que levou à demissão da presidente e vice-presidente da instituição.

A tempestade que o OMSZ tinha previsto mudou de direcção e acabou por afectar algumas regiões do Leste da Hungria, com a capital húngara a escapar totalmente ao mau tempo.

No domingo, o Serviço Nacional de Meteorologia da Hungria publicou um pedido de desculpas público na sua página oficial no Facebook, tendo explicado que o resultado “menos provável” acabou por se verificar e que a incerteza faz parte da previsão meteorológica. Ainda assim, o ministro da Tecnologia e Inovação húngaro, Laszlo Palkovics, anunciou, na segunda-feira, a demissão da presidente e do vice-presidente do OMSZ com efeito imediato.

As reacções ao sucedido variaram, tendo quase 100 mil pessoas assinado uma petição que apelava ao cancelamento do espectáculo de fogo-de-artifício numa altura de austeridade e de guerra na vizinha Ucrânia. Já os membros do governo ficaram desagradados com a alegada incompetência dos meteorologistas e esperam que o espectáculo seja exibido conforme planeado no próximo sábado.

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