O coração liberal do rei e Bolsonaro

Na polémica em torno da viagem do coração de D. Pedro para o Brasil, há uma questão crucial para se poder julgar a bondade ou o erro de Rui Moreira: a relação especial entre dois estados que celebram 200 anos de separação.

Para parte da geração da era global, o conceito de pátria é um arcaísmo e os símbolos históricos, relíquias enterradas no mofo do nacionalismo. Logo, o coração de D. Pedro IV que está prestes a viajar da igreja da Lapa, no Porto, para o Brasil é apenas um pedaço de tecidos humanos conservados em formol. Para parte das gerações mais velhas nadas e criadas numa cultura conservadora, o coração do imperador e rei é o símbolo vivo da continuidade da nação pelo qual se pode homenagear os seus construtores.

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