Better Call Saul acabou, adequadamente, com uma lamúria e não com um estrondo

Os autores da série mostraram que a liberdade criativa pode ser maior numa prequela do que numa sequela, tecendo um enredo tenso, engraçado e existencialista que quase não precisava de Breaking Bad para justificar a sua existência.

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Bob Odenkirk como Saul Goodman e Rhea Seehorn como Kim Wexler Greg Lewis/AMC/Sony Pictures Television

Este texto contém spoilers para o final das séries Better Call Saul e Breaking Bad

Em 2013, Breaking Bad acabou com uma mortandade à la Hamlet, arrastando consigo o fabricante de metanfetaminas tornado barão da droga Walter White (interpretado por Bryan Cranston). O spinoff da série, Better Call Saul, chegou ao fim esta semana num tom notavelmente diferente: com Saul Goodman (Bob Odenkirk) a olhar melancolicamente, e possivelmente pela derradeira vez, para a sua ex-mulher Kim Wexler (Rhea Seehorn) — o último laço com qualquer sentido de vergonha e de moralidade que o futuro cúmplice de Walter White ainda se permitia.

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