Alterações climáticas: como e quando adaptar as infraestruturas

No Reino Unido elementos da ponte centenária de Hammersmith foram envolvidos com película de alumínio, de forma a refletir os raios solares; nas linhas férreas, por causa das expansões térmicas, alguns segmentos de carris foram pintados de branco. Na Suécia, uma nova estrada e uma linha férrea foram elevadas para acomodar possíveis subidas do nível médio da água do mar. E em Portugal?

As infraestruturas são geralmente construídas de forma a serem resilientes às condições climáticas do passado. O termo “infraestruturas” refere-se a todo o ativo físico construído, embora por detrás do pensamento deste artigo estejam estradas, pontes, barragens e edifícios. Como as infraestruturas não são auto-adaptativas, qualquer alteração futura nas condições climáticas terá de ser acomodada pelas mesmas. Aqui entra o busílis da resiliência climática: ela existe ou tem de ser incrementada através de medidas de adaptação. Adaptação significa antecipar efeitos adversos, tomando as medidas adequadas para prevenir danos que possam ocorrer devido às alterações climáticas. Mas aqui está o problema: as autoridades pagam os custos da adaptação hoje, mas os benefícios económicos podem demorar anos a chegar.

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