Atirador dispara contra autocarro em Jerusalém e faz oito feridos

O ataque acontece uma semana depois do acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jihad Islâmica. As autoridades locais classificaram o tiroteio como “um atentado terrorista cometido por palestinianos”.

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Um polícia analisa o autocarro junto a uma janela estilhaçada AMMAR AWAD/Reuters

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas, duas em estado grave, na sequência de um ataque a tiro contra um autocarro nas imediações da Cidade Velha de Jerusalém. As autoridades israelitas e os media locais classificaram o ataque como um atentado terrorista cometido por palestinianos. Entre os feridos há três cidadãos norte-americanos, de acordo com a embaixada dos Estados Unidos em Israel.

O condutor do veículo, citado pela Europa Press, disse que o autocarro “estava cheio de passageiros e que parou na estação chamada Túmulo do Rei David, tendo sido aí que começou o tiroteio”. O homem acrescentou que “viu duas pessoas a cair no chão no lado de fora e outras duas dentro do autocarro a sangrar”.

Depois de uma intensa operação policial na região, o suspeito do ataque entregou-se às autoridades e a alegada arma do crime foi apreendida, revelou o porta-voz da polícia, Eli Levy, à rádio pública israelita Kan, citado pela Reuters. “O terrorista está nas nossas mãos”, confirmou.

Duas das vítimas estão em estado grave, incluindo uma mulher grávida com lesões abdominais e um homem com ferimentos de bala na cabeça e pescoço, de acordo com os hospitais israelitas que receberam os ferido, citados pelos media locais.

A Cidade Velha abriga locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos e o ataque ocorreu nas primeiras horas de domingo, enquanto os judeus rezavam no Muro das Lamentações.

“Jerusalém é a nossa capital e um centro turístico para todas as religiões”, disse o primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, em comunicado, acrescentando que as forças de segurança israelitas “restauraram a calma”.

Forças palestinianas em Gaza elogiaram o ataque, que ocorreu uma semana depois de Israel e a Jihad Islâmica terem acordado um cessar-fogo para colocar fim a uma escalada de violência de três dias.

Durante este período, pelo menos 49 pessoas foram mortas em Gaza, entre elas 15 crianças, e mais de 350 pessoas ficaram feridas. Mais de 1000 mísseis foram lançados contra Israel pela facção militante da Jihad Islâmica naquilo a que os militares chamaram de “ataque preventivo destinado a evitar uma ameaça iminente”.

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