Só Marcano teve cabeça para evitar o nulo do FC Porto em Vizela

Defesa-central marcou no último minuto do tempo regulamentar, evitando a perda da liderança no 300.º jogo de Sérgio Conceição.

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Danny Loader voltou a ser titular no FC Porto EPA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

O FC Porto sofreu, este domingo, para somar três pontos em Vizela, em partida da segunda jornada da I Liga decidida pelo espanhol Marcano, aos 90 minutos, que assim evitou que os “dragões” entregassem a liderança ao rival da Luz.

Os “azuis e brancos” terminaram o encontro com quatro avançados, sem que o assédio se traduzisse em oportunidades flagrantes de golo, até que num lance de bola parada, um livre a punir entrada sobre Otávio, levou Galeno a cruzar para a área onde surgiu Marcano a cabecear aos 90 minutos.

Os locais, conjunto competente e equilibrado, entraram com naturais precauções no encontro, cresceram e libertaram-se cada vez mais, mas caíram no final. Nuno Moreira, autor do golo da vitória sobre o Rio Ave, foi um quebra-cabeças e o autor do primeiro remate (não enquadrado com a baliza) do FC Porto, que surgiu apenas aos 34 minutos.

Sem criar grande perigo, à excepção da finalização de Uribe logo aos 8 minutos, o campeão nacional procurava os melhores ângulos para surpreender Buntic, sobretudo em remates no interior da grande área.

Mas, dada a baixa produção de Taremi, Danny Loader e Pepê, adivinhava-se a intervenção de Sérgio Conceição neste 300.º jogo na Liga. O jogo pedia alguém com as características de Otávio, que o treinador remeteu para o banco de suplentes na primeira chamada do internacional português depois dos castigos que o afastaram dos primeiros compromissos.

A estratégia vizelense criava dificuldades aos “azuis e brancos”, sem soluções para rasgar o bloco minhoto, mesmo que o desenho dos locais anunciasse um 4x3x3 disposto a explorar a largura através de Nuno Moreira e Zohi, com Kiko Bondoso numa dupla função de desestabilizar a defesa portista e acompanhar e pressionar as movimentações do meio-campo na transição para o ataque dos “dragões”.

O FC Porto não agiu antes do intervalo, mas apostou em Otávio e Veron para o recomeço, que foi mais animado. O reforço brasileiro dispôs imediatamente de uma boa ocasião para marcar, tendo o Vizela respondido por intermédio de Kiko Bondoso, em lance que Nuno Moreira foi incapaz de concluir com sucesso.

Veron agitava as águas de um FC Porto já com uma linha de três na frente e com Grujic a equilibrar o meio-campo depois da saída do colombiano Uribe, mas o Vizela não esmorecia, encontrando sempre boas linhas de passe para transições que mantinham os portistas em alerta.

O FC Porto precisava de mais e melhor para obter um resultado que lhe permitisse regressar à liderança do campeonato, o que obrigou o técnico a investir numa remodelação no centro, com Eustáquio a render Grujic, e em novo reforço do ataque, com Evanilson a ceder o lugar a Toni Martínez.

O Vizela mantinha a organização e a capacidade para apresentações periódicas na área portista, tendo mesmo Samu protagonizado um lance no limite do penálti com Zaidu, sem intervenção do VAR que também ignorou um pedido dos “azuis e brancos” por mão de Bruno Wilson.

Álvaro Pacheco esperou e só a 15 minutos dos 90 mexeu na equipa, numa altura em que o FC Porto já tinha Galeno em campo, forçando o jogo exterior e uma aceleração capaz de desmontar o dispositivo minhoto.

Galeno acabaria por assumir protagonismo na fase do tudo ou nada e fez a assistência para Marcano selar um triunfo arrancado a ferros.

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