Incêndio em Aldeia Viçosa “começa a ceder”, dizem Bombeiros da Guarda

Ventos fortes têm causado uma propagação rápida do incêndio, que tem duas frentes activas e se localiza numa zona de difícil acesso para os bombeiros.

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"Os ventos são muito fortes e está muito difícil e complicado, porque o incêndio é numa encosta”, diz o autarca da Guarda EPA/NUNO ANDRE FERREIRA

O incêndio que deflagrou em Mizarela, pelas 15h36, mantém duas frentes activas, uma para Mizarela e a outra para Vila Cortês, mas que “começam a ceder” ao combate, disse à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda. “As chamas já começam a ceder ao combate, mas ainda nos espera uma noite de muito trabalho e tudo vai depender do vento e das direcções que possa tomar ou da sua própria força. O incêndio não está controlado”, contou António Pereira.

O comandante explicou que, das duas frentes activas do incêndio em Aldeia Viçosa, no concelho e distrito da Guarda, a “do lado direito, em Mizarela, neste momento não dá para combater, porque está numa zona onde os homens não chegam, tem de se esperar por uma janela de oportunidade para continuar o combate, mas já baixou a intensidade”.

A frente do lado esquerdo, continuou o comandante, “virada para Vila Cortês [do Mondego] continua mais activa, mas a ceder ao combate e agora é esperar que continue a ceder e que o vento não vire” de direcção.

O alerta em Aldeia Viçosa foi dado pelas 15h36 de hoje e, quase de imediato, foram evacuadas a praia fluvial de Aldeia Viçosa e a povoação de Soida e, pelas 19h40 o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, disse à agência Lusa que o incêndio estava “descontrolado”.

Segundo o autarca, “foi um incêndio que sofreu uma propagação muito rápida” tendo em conta “os ventos fortes e a localização”, numa encosta, junto às eólicas de Mizarela.

“Entretanto, tivemos de retirar também um grupo de campistas de 60 pessoas do parque de campismo de Mizarela” que foram “levados para a Guarda”, contou o autarca.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, António Pereira, explicou à agência Lusa que “há dois feridos a registar”, um dos quais é um bombeiro da sua corporação, que sofreu uma queda no teatro de operações e terá “um possível traumatismo num membro inferior”. “E há também um habitante que foi transportado ao hospital por inalação de fumo”, disse.

Segundo disse à agência Lusa o comandante regional do Centro da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, António Ribeiro, “este incêndio é totalmente independente do outro que esteve activo ao longo da semana” na serra da Estrela.

Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, às 22h30 estavam a combater as chamas 359 operacionais, apoiados por 95 veículos.

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