FC Porto não perdoou a displicência do Marítimo

Com golos de Taremi (12’ e 42’), Evanilson (40’), Marcano (68’) e Toni Martinez (77’), os “dragões” iniciaram a defesa do título com uma goleada justa e robusta (5-1).

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

Durante a primeira dúzia de minutos, o jogo foi do Marítimo e, durante a primeira dúzia de minutos, o início da defesa do título foi problemático para o FC Porto. Porém, a primeira (de muitas) displicência madeirense não teve perdão por parte dos “dragões” e, a partir daí, o filme do jogo foi outro. Perante um Marítimo que se ficou pelas boas intenções, o FC Porto entrou na I Liga 2022/23 com uma exibição segura e uma goleada, por 5-1, num jogo onde Taremi (12’ e 42’), Evanilson (40’), Marcano (68’) e Toni Martinez (77’) fizeram os golos - Winck reduziu perto do final.

Uma semana depois de conquistar a Supertaça sem qualquer tipo de sobressaltos, Sérgio Conceição voltou a não contar com Otávio (cumpriu castigo) e, sem surpresa, manteve quase tudo na mesma. Em relação à primeira partida em Aveiro contra o Tondela, a única novidade foi o regresso de Diogo Costa à baliza. Com Marcano a manter o lugar ao lado de Pepe (David Carmo estava castigado) e Grujic a confirmar-se como o par de preferência para Uribe, a exibição positiva de Danny Loader na Supertaça foi premiada com nova titularidade.

Com uma pré-temporada positiva (nenhuma derrota em oito jogos), o Marítimo apresentou-se no Dragão com os mais recentes reforços (Moreno e Ramírez) no banco e, mostrando audácia q.b., a equipa de Vasco Seabra entrou em campo sem amarras defensivas, procurando fazer um futebol positivo.

Apostando preferencialmente atacar pelo lado de Zaidu, o Marítimo conseguiu nos primeiros minutos retirar a bola ao FC Porto e, com um futebol de posse, precisou de pouco mais de 120 segundos para assustar: Xadas utilizou o principal trunfo (pé esquerdo) ficar perto do golo - a bola raspou na barra.

Denotando dificuldades, o FC Porto demorava a assumir o comando e, aos 9’, um mau atraso de Marcano colocou Joel em posição privilegiada para marcar, mas Diogo Costa evitou o golo do avançado dos Camarões.

O segundo susto provocou os primeiros assobios no Dragão, porém, quase de seguida, o jogo mudou. Demérito do Marítimo. Evidenciando um atrevimento que se provou ser excessivo, a equipa do Funchal procurou sempre sair da jogar desde a sua área e, aos 12’, a primeira benesse não teve perdão: Winck perdeu o controlo da bola, Zaidu recuperou e colocou em Evanilson, que ofereceu a Taremi o 1-0.

Uma dezena de minutos depois, dois maus alívios de Xadas permitiram que Evanilson batesse Miguel Silva, mas, após indicação do VAR, o golo foi anulado por fora de jogo.

O FC Porto estava melhor e, aparentemente, tinha o jogo controlado, mas, com tudo ainda indefinido, Diogo Costa voltou a salvar os “dragões”: em cima da meia hora, Joel ganhou de cabeça aos centrais portistas, mas, mais uma vez, a qualidade de Diogo Costa faz a diferença.

Esse lance foi, no entanto, a excepção que confirmou a superioridade “azul e branca” e, aos 40’, o golo contou mesmo para Evanilson: após um passe sublime de Uribe, João Mário ofereceu ao brasileiro o golo. Com muitos adeptos portistas ainda a festejarem o 2-0, mais uma imprudência madeirense na construção resultou no bis de Taremi, após assistência de Loader.

Com a vitória no bolso do FC Porto e sem substituições ao intervalo, a segunda parte começou com mais uma perda de bola à saída da área madeirense - Evanilson ficou a centímetros de bisar – e, com o Marítimo longe do fulgor do arranque, a goleada surgiu com naturalidade: um minuto depois de Conceição lançar Galeno, Gonçalo Borges e Toni Martínez, Marcano fez de cabeça o 4-0.

Os números da goleada não estavam, porém fechados. Aos 77’, após mais uma assistência de João Mário, Martínez mostrou o instinto matador habitual e fez 5-0. A diferença era justa e reflectia a paupérrima prestação defensiva do Marítimo que, num lance confuso aos 88’, ainda reduziu por Winck.

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