Banco de Inglaterra sobe taxas de juro para 1,75%

Banco central do Reino Unido voltou a elevar taxa de referência, com alertas de recessão. E estima que a inflação possa superar os 13% no último trimestre deste ano.

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EPA/ANDY RAIN

O Banco de Inglaterra aumentou esta quinta-feira as taxas de juro no Reino Unido em 0,50 pontos percentuais, de 1,25% para 1,75%, o nível mais alto desde Dezembro de 2008, devido ao aumento contínuo da inflação. Segundo a Reuters e o Financial Times, esta é a maior subida desde 1995 (27 anos).

A subida, amplamente esperada pelos analistas, responde ao aumento dos preços provocado pela recuperação económica pós-pandemia, pela guerra na Ucrânia e pela subida dos custos de energia. A inflação homóloga atingiu 9,4% em Junho, no Reino Unido, mas o banco central prevê que poderá chegar no final deste ano aos 13%, com um pico de 13,3% em Outubro – o que a concretizar-se leva ao indicador para níveis que não se registam desde 1980 (há 42 anos).

No final da reunião desta quinta-feira, banco emissor britânico alertou para uma possível recessão no Reino Unido, semelhante ao abrandamento vivido na década de 90 do século passado, entrando numa “longa recessão, com um recuo da economia no último trimestre de 2022 e todo o ano de 2023.

Para 2023, a instituição prevê uma contracção de 1,5% e no ano seguinte outra de cerca de 0,25%, enquanto estima que os rendimentos reais das famílias caiam 1,5% este ano e 2,25% no próximo ano. Uma situação que a concretizar-se, contextualiza a Reuters, colocará as famílias britânicas a enfrentar dois anos consecutivos de redução dos rendimentos disponíveis, o período mais longo de perda de poder de compra desde 1964.

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