É fã de marisco? Saiba como escolher sem medos

Os vários mariscos requerem cuidados diferentes, na hora de escolher e de preparar. Alberto Mota, da Cervejaria Ribadouro, em Lisboa, explica como fazê-lo, sem medos.

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Há sinais a que deve estar atento para escolher o melhor marisco DR
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Alberto Mota é o actual gerente da Cervejaria Ribadouro, em Lisboa DR

Os portugueses são, entre os europeus, quem mais come peixe. Muitas vezes nas mesas de norte a sul do país, figura o marisco. Na Cervejaria Ribadouro, em Lisboa, o cheiro a maresia destes animais faz-se sobressair. É a especialidade da casa, que celebra 75 anos. Muita gente ali desagua para comer a iguaria, desde um prato que junta um pouco de tudo a um prazeroso arroz.

Mas quando se vai fazer marisco em casa sabe como o escolher? E como o preparar? Alberto Mota gere este espaço e explica que, tal como com outros alimentos, há sinais a que se deve estar atento para escolher o melhor marisco.

Camarão tigre

Enquanto se preparam os diferentes tipos de marisco, o gerente da Cervejaria Ribadouro vai descrevendo as particularidades de cada um dos alimentos que se destacam no prato da Mariscada. O camarão tigre é dos mais procurados.

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Prato de mariscos à marinheira, da Cervejaria Ribadouro DR

Como é que se sabe se este marisco está fresco? Se as patas estiverem pretas ou se tiverem formado cristais de gelo, significa que foi congelado depois de ter sido descongelado. Por isso, é melhor não comê-lo.

Antes de cozinhar camarão, para o descongelar da melhor forma, de maneira a não alterar o sabor, opte, preferencialmente, pela refrigeração. A alternativa é usar água corrente, mas tal implica um grande gasto de água.

Quando for a cozinhar, garanta que põe cerca de 50 a 60 gramas de sal por cada litro de água. O camarão está cozido quando subir até ao centro da panela e formar espuma à sua volta.

Posteriormente, Alberto Mota recomenda utilizar um saco de rede para se fazer o choque térmico, com água, gelo e sal.

Amêijoa

No caso da amêijoa fresca é importante garantir que esta não se encontra aberta antes de cozinhada. Se assim for, é sinal de que aquele marisco já está morto, não consuma. Para evitar que tal aconteça, o gerente da Cervejaria Ribadouro recomenda que se aperte bem o saco das amêijoas para as manter encostadas umas às outras. Se ainda não tiverem passado mais de sete dias, pode comê-las à vontade.

Ostra

Semelhante nos seus perigos, o cuidado também não pode ser pouco na escolha de uma boa ostra fresca. Se esta estiver aberta quando a for comprar, pode prejudicar gravemente a saúde, pois liberta água e deixa entrar o oxigénio, que estraga o produto. É fundamental, por isso, garantir que permanece fechada. Para ter uma garantia adicional, esprema um bocado de limão por cima da ostra, recomenda Alberto Mota. Se encolher é porque ainda está viva. Em comparação com a amêijoa, o prazo de validade é um bocado maior: dez dias.

Sapateira

À Mariscada, junta-se também a sapateira. Para comprar uma que esteja bem recheada, o peso é sempre um bom sinal. Como alternativa, pode sempre verificar a cor. Uma sapateira com um tom laranja claro não está cheia. Já durante o processo de cozedura, garanta que o crustáceo não se encontra vivo, pois pode largar as pernas.

Para garantir que tal não acontece, coloque o marisco em água tépida no próprio dia. Se ao pegar, não for capaz de segurar as pernas, está pronta para cozinhar. E não se esqueça que quanto mais unidades puser a cozer, mais tempo deve tirar à cozedura, que só começa quando a água já está a ferver.

Outros mariscos

Outros alimentos também devem contar com alguns cuidados. Quanto ao berbigão, este não pode ter areia. Já a lagosta deve ter um aspecto brilhante e não ter danos visíveis. Se cozinhar um quilo, deixe-a cozer por 18 minutos. O percebe, que deve estar vivo, está cozido quando a unha sair bem.


Texto editado por Bárbara Wong

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