Incêndios activos na floresta amazónica vistos do espaço em Julho

Satélite da missão europeia Copérnico obteve imagem dos incêndios na Amazónia.

Foto
Satélite fotografou região perto do município de Apuí, no Leste do estado do Amazonas Sentinela-2/Copérnico/União Europeia

Uma imagem obtida por satélite mostra pequenas nuvens brancas produzidas por vários incêndios na Amazónia. A imagem foi obtida no domingo, a 31 de Julho, pelo satélite Sentinela-2, da missão europeia Copérnico, e foi escolhida como imagem do dia desta terça-feira no site da missão.

“O Brasil está a ser afectado por numerosos incêndios que queimam grandes porções do território”, refere a legenda da imagem, onde se pode observar parcelas de terreno já sem floresta, perto de Apuí, um município na região Leste do estado do Amazonas. A legenda acrescenta ainda que o fumo dos incêndios está a afectar a qualidade do ar em certas partes do país.

Em Julho deste ano houve 5373 focos de incêndio, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil, um valor mensal mais alto do que o de 2021, quando houve 4977 focos, mas mais baixo do que 2020, quando houve 6803 focos.

A época de incêndios vai de Junho a Outubro e está associada à temporada seca, quando não chove. “Este é só o início do Verão amazónico, a estação com menos chuva e humidade, onde infelizmente a prática de queimadas e incêndios florestais criminosos explodem”, refere Rómulo Batista, porta-voz da Greenpeace Brasil, num comunicado daquela instituição.

As queimadas e o desmatamento estão a pôr em perigo o bioma da Amazónia. Durante o primeiro semestre deste ano, o desmatamento naquela região atingiu quase 4000 quilómetros quadrados (o equivalente ao distrito de Coimbra) e um aumento de 10,6% face a 2021, segundo os dados do INPE.

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