Nesta data querida

Não me lembro ao certo quando deixei de gostar de fazer anos, mas sei que no dia em que fiz 30, grávida do meu primeiro filho, senti que no sopro para apagar as velas expirei a minha juventude.

A sala está imersa na escuridão. A luz do ecrã do computador é o único ponto que quebra a negritude. Olho para as minhas mãos sobre o teclado e, debaixo desta luz fraca e meio trémula, os meus dedos parecem ainda mais magros e envelhecidos. Faltam menos de dez minutos para a meia-noite. Faço 36 anos.

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