“Masterclass” de Max Verstappen no GP Hungria

Neerlandês saiu de décimo lugar da grelha, fez um pião e ainda acabou com vantagem considerável sobre os Mercedes de Hamilton e Russell. Ferrari em “falência” e com muito trabalho para a pausa de Agosto.

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Max Verstappen EPA/CHRISTIAN BRUNA

Max Verstappen venceu, este domingo, com autoridade absoluta e recuperação notável, o Grande Prémio da Hungria em Fórmula 1, 13.ª prova da temporada - que marca a pausa de Verão antes do regresso, na Bélgica, no final de Agosto.

O neerlandês impôs-se, sem discussão, depois de ter saído de décimo posto da grelha de partida e ter feito um pião, terminando com quase oito segundos de vantagem sobre Lewis Hamilton (Mercedes), que voltou a ser segundo após ter estabelecido recorde de liderança de voltas no circuito de Hungaroring, com direito à volta mais rápida.

George Russell partiu da pole position e terminou em terceiro, com mais um pódio onde não esteve a Ferrari, após nova corrida para esquecer, com Carlos Sainz e Charles Leclerc a lutarem com a estratégia absurda de pneus.

Com a temperatura da pista a baixar em relação aos treinos livres e qualificação, o que levantou questões sobre o funcionamento dos pneus, e o vento a baralhar os cálculos dos pilotos, a corrida começou com metade dos monolugares de macios e a outra metade de médios.

Na frente, Russell não quis facilitar e partiu com o composto mais rápido, ao contrário dos dois Ferrari e de Lewis Hamilton, com uma estratégia alternativa. No meio do pelotão, os dois Red Bull tinham de arriscar e optaram pelos macios, além de terem trocado de motor sem penalizar, já que se encontravam, após qualificação desastrosa, precisamente nas posições em que essa mudança os colocaria.

Perante este cenário, a partida decorreu sem incidentes. Valtteri Bottas (Alfa Romeo) largou mal e Hamilton passou os dois Alpine (ambos de pneus médios), ameaçando Lando Norris (McLaren). Os Red Bull subiam igualmente na classificação, com Verstappen a aproveitar o duelo britânico entre Hamilton e Norris para se colar ao segundo grupo.

Norris (de pneus macios) perdeu para os dois últimos campeões, enquanto Hamilton abria uma vantagem de quase um segundo e meio para o neerlandês, a queixar-se momentaneamente de problemas no RB18, que evidenciava já maior desgaste dos pneus.

Verstappen foi chamado às boxes e com essa estratégia ganhou a posição a Hamilton depois de o inglês ter feito a primeira paragem. Na frente, a Ferrari acabou por inverter as posições de Sainz e Leclerc após a troca de pneus.

O espanhol teve uma paragem lenta e o monegasco subiu a segundo, com possibilidade de atacar Russell. Uma luta que deu frutos um pouco antes da metade da prova, com o Mercedes a perder a liderança.

A batalha de pneus prometia novos capítulos e a Ferrari ao optar por duros (um fiasco) para Leclerc ir até ao fim nas últimas 30 voltas acabou por ver Verstappen bater o monegasco. Porém, um erro do neerlandês, que fez um pião, cedeu o terceiro lugar ao monegasco e por pouco não perdia uma posição para Russell, que na luta de estratégias havia sido superado pelo piloto da Red Bull.

Verstappen, contudo, acabaria por recuperar a posição a Leclerc, sabendo que Sainz e Hamilton ainda tinham que voltar às boxes, o que lhe dava a liderança virtual, que se tornou real quando os dois da frente pararam.

Leclerc pagaria o preço da táctica errada e teve que fazer nova paragem para macios, depois de ter perdido a quarta posição para Russell, o que o levou para a traseira de Sergio Pérez, onde terminou um dia frustrante.

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