Fome de domínio do PSG começou em Israel

A equipa francesa parte para a nova temporada com um plantel de luxo e com a intenção de chegar, finalmente, à glória europeia. Essa “fome” de domínio já começou neste domingo, na Supertaça de França.

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Jogadores do PSG celebram em Telavive EPA/ABIR SULTAN

O Paris Saint-Germain começou a temporada 2022/23 com a conquista de um troféu. A equipa de Paris venceu a Supertaça gaulesa frente ao Nantes, com um triunfo por 4-0 na partida disputada em Israel. Em Telavive, Messi, Neymar e Sergio Ramos garantiram a nona Supertaça para o PSG nas últimas dez disputadas.

O jogo acabou por ter pouca história, fruto da tremenda superioridade da equipa agora orientada por Christophe Galtier, que já desenhou o que poderá ser esta equipa.

No plantel existem três centrais como Sergio Ramos, Marquinhos e Kimpembe, tornando difícil abdicar de algum deles. Também estão por lá dois dos laterais do mundo com maior capacidade de serem mais-valias defensiva e ofensivamente: Hakimi e Nuno Mendes. Também lá jogam dois médios como Verrati e Vitinha, capazes de criarem com bola, mas longe de serem “polvos” defensivos. E existem ainda três atacantes como Messi, Neymar e Mbappé, que merecem “folga” de tarefas defensivas demasiado exigentes.

Todos estes preceitos existem no plantel do PSG, motivo pelo qual Galtier se tenha prestado a desenhar um 3x4x3 que permita aproveitar tudo isto, sem perder solidez defensiva. E já o apresentou nesta final. Mbappé, castigado, “chamou-se” Pablo Sarabia, mas a ideia era a mesma – e complementada com dois médios capazes de ter bola: Vitinha e Verrati.

Com um “onze” deste tipo, ao Nantes não restava grande solução que não fosse correr atrás da bola, até porque parte da ideia defensiva de um PSG com tantos “artistas” era precisamente usá-los para que a segurança com bola não expusesse a equipa a perdas comprometedoras.

Vitinha pegou no jogo e Neymar fez movimentos constantes de aproximação entre linhas, na meia-esquerda, para criar desequilíbrios em zona de criação.

Aos 22’, já depois de um cabeceamento de Marquinhos à trave, o brasileiro fez um desses movimentos, tentou isolar Messi e um ressalto deixou mesmo o argentino na cara do guarda-redes Lafont. Foi driblar o guardião com classe e finalizar.

Aos 40’ e 45’ Messi esteve perto do golo, mas foi Neymar quem deu ao PSG um resultado mais tranquilo, aos 45+3’, com um grande golo de livre-directo.

Se a primeira parte teve pouca história, a segunda teve menos ainda, sobretudo depois do 3-0 marcado por Sergio Ramos, de calcanhar, num lance confuso na área do Nantes. O PSG tratou de circular a bola com tranquilidade e deixar passar o tempo, aproveitando até para experimentar aquela que poderá ser a sua versão menos ousada, a pensar em jogos mais exigentes: com um médio como Danilo no lugar de Vitinha.

Não era, ainda assim, o jogo ideal para testar o que quer que fosse, que o Nantes não estava capaz de ser um teste, sofrendo ainda um quarto golo, num penálti ganho e convertido por Neymar.

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