Spider Webb (1944-2022), o tatuador que lutou para fazer do seu ofício uma arte

Soube desde cedo que queria seguir o seu próprio caminho, vendo nas tatuagens uma forma de expressão artística e de libertação que o distanciavam do comum mortal. É considerado como o tatuador que mais lutou durante o século XX para que o seu trabalho fosse reconhecido como arte.

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Spider Webb a tatuar no seu estúdio em Nova Iorque, em Julho de 1974 Allan Tannenbaum/Getty Images

Para Spider Webb, uma tatuagem não era uma simples mancha de tinta no corpo. Era uma forma de expressão artística, cujo significado ia além do desenho em si: muitas vezes era até o acto performativo que mais lhe interessava, como quando inscreveu a letra X em 999 pessoas e um X de maiores dimensões, formado por 1000 mais pequenos, na perna da milésima pessoa. “Esta é a maior tatuagem alguma vez feita na história”, viria a orgulhar-se. Ou quando pediu a dez pessoas que escolhessem um sítio do corpo para tatuar as horas exactas que o seu relógio marcava. Nascido Joseph O’Sullivan, o tatuador morreu no dia 2 de Julho, aos 78 anos, na sua casa em Nova Iorque, de doença pulmonar obstrutiva crónica.

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