Se é por falta de esperteza, Santos Silva não merece censura

Não há nada melhor para a eternização do PS no poder do que a aparência de que André Ventura é o líder da oposição. E não há melhor rampa de lançamento de Santos Silva para Belém do que a imagem de que é a muralha de aço contra a extrema-direita.

Há várias formas de qualificar o discurso de André Ventura na Assembleia da República sobre os imigrantes que “não querem fazer nada”, a não ser “viver à custa dos nossos subsídios e dos nossos salários”. Uma delas é dizer que foi uma diatribe extremista, demagógica e incendiária, que deve ser fortemente deplorada e combatida. Aliás, a ideia de que há uma diferença entre os emigrantes de Portugal e os imigrantes em Portugal, que Ventura defendeu, é típica de quem sofre de ignorância ou propensão para a mentira – ou de ambas as maleitas, como parece ser o caso.

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