Sete moçambicanos entre os 83 suspeitos da violação de oito modelos que gravavam um vídeo

Homens roubaram e agrediram a equipa de produção e agrediram as mulheres. Presidente sul-africano pediu rapidez à polícia.

Foto
O Presidente Cyril Ramaphosa referiu-se ao caso na sua intervenção de sexta-feira noa conferência nacional do seu partido SIPHIWE SIBEKO/Reuters

A polícia sul-africana anunciou a detenção de 83 suspeitos de terem violado oito modelos que gravavam um vídeo musical em Krugendorp, a oeste de Joanesburgo. Segundo informou a polícia este sábado, dois suspeitos foram mortos numa troca de tiros com os agentes.

Segundo disse o comissário da polícia Fred Kekana, citado pela televisão pública sul-africana SABC, 67 suspeitos foram detidos na sexta-feira e mais 16 no sábado.

“Pudemos deter outras 16 pessoas, uma delas do Malawi e outra dos Camarões. Também temos quatro zimbabuanos, quatro cidadãos do Lesotho e sete moçambicanos”, esclareceu o comissário.

De acordo com Kekano, a polícia recebeu informações de cidadãos que levaram à detenção dos 16 detidos de sábado.

Tudo aconteceu na quinta-feira perto de uma mina, durante a gravação de um vídeo. O numeroso grupo de assaltantes roubou a equipa de produção e agrediu sexualmente as modelos que estavam a ser filmadas, cujas idades vão dos 19 aos 35 anos.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que apelidara o crime de “horrível”, garantiu na sexta-feira, conferência nacional do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), que tinha pedido empenho ao ministro da polícia e às autoridades policiais para agir com rapidez para que os autores do crime fossem “detidos e processados”

As agressões sexuais são um grande problema na África do Sul, um país de 60 milhões de habitantes onde nos primeiros seis meses do ano se contabilizaram 10.818 violações, mas as autoridades calculam que os números sejam muito maiores, porque há muitas vítimas que acabam por não denunciar os casos à polícia.

Sugerir correcção
Ler 17 comentários