Portugal sobe em índice digital mas tem progressos “ligeiramente abaixo” do resto da UE

Portugal ocupa o 15.º lugar entre os países da União Europeia na posição no Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade (IDES). A informação divulgada pela Comissão Europeia revela ainda que os progressos são “ligeiramente inferiores” aos dos restantes países.

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No total, Portugal tem uma pontuação de 50,8, comparada à média comunitária de 52,3 Daniel Rocha

Portugal subiu uma posição no Índice de Digitalização da Economia e da Sociedade (IDES), ocupando agora o 15.º lugar entre os países que integram a União Europeia (UE), mas regista progressos “ligeiramente inferiores” aos dos restantes países.

A informação foi divulgada esta quinta-feira pela Comissão Europeia no relatório sobre o IDES deste ano e sobre Portugal a instituição realça que o país “ocupa o 15.º lugar entre os 27 Estados-membros da UE na edição de 2022 do índice, tendo subido uma posição em relação a 2021”.

No documento que surge pelo acompanhamento do executivo comunitário sobre o progresso digital dos 27, Bruxelas assinala também que “os progressos relativos de Portugal são, de modo geral, ligeiramente inferiores aos dos países homólogos, pelo que há margem para o país acelerar os seus esforços de digitalização”. No total, Portugal tem uma pontuação de 50,8, que se compara com a média comunitária de 52,3, ficando abaixo do resto da UE.

Destacando que “Portugal tomou uma série de medidas para dotar a sua população de competências, expandir a conectividade e apoiar a adopção de tecnologias pelas pequenas empresas”, a Comissão Europeia salienta que continuam, porém, “a existir disparidades entre as empresas e as pessoas no que se refere à adopção das tecnologias de informação e comunicação”.

Segundo Bruxelas, o país tem também “infra-estruturas de conectividade de boa qualidade, havendo margem para expansão da cobertura 5G”, as redes móveis de quinta geração, devendo ainda trabalhar para resolver a “dependência excessiva de uma Administração Pública em linha avançada”, que na visão da instituição “pode, no entanto, deixar para trás um número excessivo de pessoas, tendo em conta o défice de competências digitais de Portugal”.

A transição digital é uma das prioridades estratégicas de Portugal, que está também expressa no Plano nacional de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado com verbas comunitárias pós-crise da covid-19.

A dimensão digital representa 22,1% do montante global do PRR português, acima da meta europeia que obriga a uma dotação de pelo menos 20% para medidas digitais, tendo-se Portugal comprometido com iniciativas para a área da educação e a formação em competências digitais, a transformação digital das empresas e a digitalização do Estado.

No relatório é ainda destacado que, “na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, o país facilitou o acesso dos ucranianos deslocados aos serviços e ao emprego, simplificando procedimentos administrativos e requisitos e assegurando o acesso aos serviços tributários, de segurança social e ao Serviço Nacional de Saúde”.

Publicado todos os anos pela Comissão Europeia, o IDES avalia os progressos realizados nos países da UE para uma economia e a uma sociedade digitais, com base em dados do gabinete estatístico Eurostat e em estudos e métodos de recolha especializados, visando ajudar os Estados-membros ao identificar sectores prioritários que requerem acções e investimentos específicos.

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