Ministra francesa da Cultura mantém objectivo de reabrir Notre-Dame em 2024

Rima Abdul-Maruk visitou esta quinta-feira as obras da catedral parisiense, que Emannuel Macron prometeu recuperar a tempo dos Jogos Olímpicos de Paris.

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Recuperação da catedral de Notre-Dame, em Paris EPA/GEOFFROY VAN DER HASSELT / POOL

Na sua primeira visita, esta quinta-feira, ao estaleiro da catedral de Notre-Dame, em Paris, a ministra da Cultura do governo francês, Rima Abdul-Maruk, reconheceu que a natureza “extremamente complexa” da empreitada de recuperação da catedral torna “ambicioso” o objectivo de reabrir o edifício ao público em 2024, mas continua a acreditar que será possível fazê-lo.

O prazo foi estabelecido por Emmanuel Macron na própria noite do incêndio, a 15 de Abril de 2019, quando o presidente francês prometeu que Notre-Dame iria reabrir em todo o seu esplendor em 2024, a tempo de ser admirada pelos visitantes de Paris no ano em que a cidade acolherá os Jogos Olímpicos.

“Estamos todos muito confiantes de que 2024 será o ano da conclusão de uma grande parte desta empreitada, e em qualquer caso o da abertura da catedral ao culto e aos visitantes”, reiterou a ministra da Cultura.

Numa entrevista dada na semana passada ao jornal Le Figaro, o general Jean-Louis Georgelin, responsável máximo pelo restauro de Notre-Dame, afirmou que reabrir a catedral em 2024 era um objectivo “tenso, rigoroso e complicado”, mas não pôs em causa o calendário estabelecido por Macron. “Nada me permite dizer, neste momento, que o prazo de 2024 não será cumprido”, afirmou.

Desde o dia do incêndio, foram já recolhidos cerca de 846 milhões de euros, doados por 340 mil pessoas e instituições de 150 países, adiantou Georgelin ao Figaro. Cerca de 150 milhões foram já gastos na primeira fase da obra, que terminou em Setembro do ano passado, tendo ainda sofrido alguns atrasos causados pela pandemia de covid-19, e que consistiu na consolidação e estabilização estrutural do edifício.

A segunda fase, ainda em curso, envolve a recuperação e limpeza do interior da catedral, muito afectado pelas chamas, incluindo o restauro do grande órgão de Notre-Dame, e ainda a renovação do equipamento técnico do edifício. Georgeline estima que serão necessários 550 milhões para levar esta segunda etapa a bom termo.

A obra concluir-se-á com o restauro exterior da catedral e a remodelação do seu espaço envolvente, esta última a cargo da Câmara de Paris.

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