Agressões violentas em Lisboa estão a agravar-se e câmara pede mais polícias na rua

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa admite existir um registo de 500 ocorrências de agressões por dia.

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Moedas quer mais polícia nas ruas Ricardo Lopes

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considera que há mais violência em Lisboa e pede que sejam colocados mais agentes nas ruas. Após várias ocorrências de violência e agressão em zonas turísticas da cidade e a morte de um homem de 34 anos, na madrugada de domingo passado, vítima de agressões à saída de uma discoteca no Parque das Nações, o autarca convocou uma reunião de urgência do Conselho Municipal de Segurança, com os responsáveis municipais e os comandantes do Cometlis da PSP e da Polícia Municipal.

Com a preocupação de manter a cidade segura, Carlos Moedas fez uma análise da situação de segurança pública na cidade e pede mais visibilidade da Polícia de Segurança Pública nas ruas. Não há ainda números finais sobre um eventual aumento da criminalidade nos últimos meses, mas o presidente refere que a violência nos actos praticados está a agravar-se e admite existir um registo de 500 ocorrências de agressões por dia.​

Carlos Moedas afirma que são necessários postos móveis na cidade, como por exemplo no Cais do Sodré, no Bairro Alto, em Santos e nos locais turísticos que apresentam mais ocorrências de actos violentos. Para isso, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa diz que no domingo, em conversa com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, Lisboa ofereceu ao governo instrumentos para implementar esta medida no município, numa parceria entre a câmara, a Polícia Municipal e a PSP. Adiciona que, para além destas entidades, existe o corpo de intervenção e as unidades cinotécnicas que poderão auxiliar em situações de urgência.

“Tem de haver mais visibilidade da polícia nesta cidade. Ofereço aqui, desde já, ao Governo a capacidade de podermos ter postos móveis, ou seja, esquadras móveis, na cidade. As pessoas não estão a ver a polícia na rua e eu ofereço ao Governo a capacidade de o fazer”, disse, disponibilizando “material e carros, aquilo que é necessário” para essas esquadras.

O autarca reforça que existe um défice de 150 efectivos na PSP, sendo preciso melhorar as condições de trabalho das forças policiais para dar resposta ao aumento do turismo e manter a segurança em espaço público.

Na reunião que decorreu nesta segunda-feira foram discutidas algumas propostas que depois serão apresentadas ao ministro. O objectivo é actuar antes que mais crimes violentos aconteçam e manter a cidade de Lisboa segura. Carlos Moedas refere que ainda vão ser realizadas mais reuniões entre o município e o ministro da Administração Interna.

Mas o problema não é só em Lisboa. No Porto, o presidente da câmara municipal, Rui Moreira, já pediu explicações ao ministro José Luís Carneiro, devido às esquadras do Infante e Heroísmo estarem fechadas até às 16h00, por falta de pessoal, durante o fim-de-semana.

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