Ser músico em Portugal, uma exposição que vai do “tostão” ao playback
Uma exposição patente no Museu da Música Portuguesa traz uma nova luz ao associativismo musical em Portugal. O PÚBLICO fez uma visita guiada a Ser músico em Portugal, onde se abrem pistas para uma história da música menos conhecida: a da vida material dos músicos e da sua organização colectiva.
A história da música em Portugal foi muitas vezes contada como uma série de obras-primas, acompanhadas com listas de grandes compositores e intérpretes-estrelas, com um pano de fundo contextualizador vindo da história social e política. Mas há uma história menos conhecida que está por contar: a história material e quotidiana dos músicos, as condições sociais e económicas desses protagonistas anónimos de uma vida musical bem mais rica do que poderíamos pensar. Como se organizaram? Como se defenderam enquanto classe profissional? Que greves fizeram, que lutas travaram? De que viviam realmente? Uma história que alarga consideravelmente os nossos horizontes e que permite compreender as grandes transformações que se deram no meio musical português, mas também algumas surpreendentes continuidades. De tudo isto nos fala a exposição Ser músico em Portugal (1750-1985) – uma viagem pela história do associativismo musical em Portugal, que o PÚBLICO visitou acompanhado por dois dos seus organizadores, os musicólogos Cristina Fernandes (crítica do PÚBLICO) e Manuel Deniz Silva. Falámos também com Tiago Manuel da Hora, outros dos investigadores do INET-md - Centro de Estudos em Música e Dança da Universidade Nova de Lisboa, responsáveis pela produção e curadoria da exposição.
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