Há milhares a pedir que Djokovic possa jogar nos EUA

A pandemia de covid-19 mantém o ténis afastado da China.

Foto
Novak Djokovic EPA/KIERAN GALVIN

Apesar de todas as medidas adoptadas pelos principais organizadores dos circuitos profissionais, a pandemia continua a afectar o calendário tenístico. E pelo terceiro ano consecutivo, a Ásia vai continuar sem receber torneios do mais alto nível. E, muito provavelmente, o Open dos EUA deverá realizar-se sem a presença de Novak Djokovic, já que o recém-campeão de Wimbledon não está vacinado e, por isso, não deverá entrar no país.

Para tentar demover as autoridades dos EUA, foi lançada uma petição a 19 de Junho – bem antes de Wimbledon – para que seja permitida a participação de Djokovic no Open dos EUA, evocando que nesta fase do combate à pandemia, essa medida não faz sentido. Mas dificilmente as 27 mil assinaturas terão grande influência nas autoridades sanitárias norte-americanas.

“O US Open não obriga os jogadores a vacinarem-se, mas respeita a posição do governo dos EUA no que diz respeito à entrada no país de cidadãos não-norte-americanos”, esclareceu a federação de ténis dos EUA (USTA). Aliás, Djokovic já esteve ausente nos dois grandes torneios de Março, os Masters 1000 de Indian Wells e Miami, ambos nos EUA, pela mesma razão.

Entretanto, a ATP anunciou o cancelamento dos torneios de Xangai (ATP 1000), Pequim (500), Chengdu (250) e Zhuhai (250) nos meses de Setembro e Outubro. Para compensar, as seis cidades vão receber torneios da categoria ATP 250 nesse período, graças a licenças emitidas pela ATP com a validade de um ano. Assim, San Diego vai organizar um evento pelo segundo ano consecutivo, entre 19 e 25 de Setembro. Nas semanas seguintes, o circuito ATP vai parar em Seul, Telavive, Florença Gijon e Nápoles. E o Astana Open, em Nur-Sultan (Cazaquistão), subiu à categoria ATP 500.

“Enquanto desporto global, continuamos a gerir os impactos da pandemia. O cancelamento de eventos é uma infeliz realidade, mas, ao mesmo tempo, é incrivelmente encorajador ter tantas cidades a quererem receber um torneio ATP esta época”, referiu Andrea Gaudenzi, chairman da ATP.

Já em 2021, o circuito feminino tinha anunciado que não ia realizar torneios na China, por causa da pandemia e também em apoio à tenista Peng Shuai, cujo paradeiro mantém-se desconhecido. E as WTA Finals, que até 2020 encerravam a época em Shezhen, ainda não têm local confirmado para este ano.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários