PJ, Anacom, Protecção de dados e provedora de Justiça vão ser ouvidos na AR sobre metadados

Apesar de os partidos já terem apresentado propostas de alteração ao texto do Governo, as audições servirão para apurar as regras e soluções que irão ser incluídas no processo legislativo.

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Lei dos metadados voltará a ser tratada no Parlamento em Setembro Paulo Pimenta

O grupo de trabalho que está a tratar do novo regime dos metadados aprovou nesta quarta-feira por unanimidade a lista de entidades que pretende ouvir depois do Verão para ajudar os deputados a encontrar as melhores soluções para contornar as inconstitucionalidades apontadas pelo Tribunal Constitucional, que deixaram de permitir às entidades judiciais aceder directamente aos dados de chamadas e internet dos cidadãos para fins de investigação.

Serão ouvidos o director nacional da Polícia Judiciária Luís Neves e o presidente da Anacom João Cadete de Matos (por proposta do PS); a provedora de Justiça Maria Lúcia Amaral, que foi quem desencadeou a questão da inconstitucionalidade da lei dos metadados junto do Tribunal Constitucional e que deu origem à decisão que levantou o problema; e o advogado e vice-presidente do OSCOT Paulo Sá e Cunha (por proposta do PSD).

Será também ouvida, por proposta do Chega, a presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados Filipa Calvão, que deu já pareceres negativos e muito críticos às propostas do Governo e dos partidos que estão em discussão no Parlamento. A pedido da IL será ouvido o gabinete de coordenação da actividade do Ministério Público na área da cibercriminalidade, o procurador-geral-adjunto Pedro Verdelho. A Iniciativa Liberal pediu que esta entidade seja ouvida à porta fechada.

O PCP e o Bloco não indicaram quaisquer entidades – o bloquista Pedro Filipe Soares justificou que o partido é contra todas as propostas em cima da mesa mas não se opôs a nenhum pedido das outras bancadas. As audições deverão começar na terceira semana de Setembro.

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