Quando as memórias de uma cidade se confundem com a arte contemporânea

Durante um fim-de-semana, o Museu de Arte Contemporânea de Elvas provou que “trabalhando em rede e juntos podemos criar algo de novo”.

Quando entro numa das salas da Escola de Alcáçova, em Elvas, talvez a mesma onde a minha mãe se sentou na década de 1950, as palavras “Arte Machista Faz Mal À Vista”, escritas em branco sobre uma faixa negra, são a primeira coisa que capta a minha atenção. A faixa saiu à rua pela primeira vez há mais de três anos, durante a manifestação do Dia da Mulher em Lisboa, e foi escrita por Ana Cristina Cachola e Xavier Almeida. Ele é um dos ideólogos do projecto Estrela Decadente, que até 15 de Agosto vai ocupar aquela sala com uma selecção de pranchas de banda desenhada de Revistas Decadentes e outras obras; ela é curadora de arte e filha de António Cachola, cuja colecção de arte contemporânea portuguesa, uma das mais representativas da produção nacional desde a década de 1980, está exposta no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE).

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