Desligar rega automática permitiu poupar 63 milhões de litros de água em Famalicão

Houve também uma aposta em plantas autóctones, prados de sequeiro e prados floridos que não apresentam tantas necessidades hídricas.

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O objectivo é poupar água Rita Franca

A Câmara de Vila Nova de Famalicão “poupou 63 milhões de litros de água com a desactivação da rega automática” em curso desde Fevereiro, anunciou nesta segunda-feira em comunicado a autarquia do distrito de Braga.

“Em quase seis meses, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão estima ter poupado 63 mil metros cúbicos de água, o que equivale a 63 milhões de litros, depois de ter desactivado todos os sistemas de rega automáticos do concelho”, lê-se na nota de imprensa.

Segundo a autarquia, a medida entrou em vigor em “Fevereiro para minimizar os efeitos da situação de seca meteorológica e abrangeu perto de 100 sistemas de rega abastecidos com água da rede pública instalados em vários parques, jardins, praças, rotundas e edifícios da cidade e das freguesias”.

A “rega está agora a ser efectuada de forma manual e mais controlada”, acrescenta.

“A poupança estimada pela autarquia equivale a um volume capaz de abastecer mais de 100 mil habitações familiares num dia normal de consumo”, assinala a publicação.

Ao mesmo tempo, prossegue o comunicado, a autarquia liderada por Mário Passos “reactivou algumas captações de águas subterrâneas, nomeadamente poços, existentes nos espaços verdes do concelho”, sublinhando que as “águas subterrâneas eram já utilizadas na gestão do Parque da Devesa e do Parque de Sinçães e a solução foi agora implementada nos jardins da Praça D. Maria II e chegará, em breve, ao Parque 1.º de Maio”.

A nota de imprensa menciona também “soluções mais sustentáveis” aplicadas e que “permitem uma utilização mais regrada da água”, como a “aposta em plantas autóctones, prados de sequeiro e prados floridos que não apresentam tantas necessidades hídricas”.

Citado pelo comunicado, o presidente da autarquia, Mário Passos, alertou ser “urgente mudar a forma” como se utiliza a água e apelou aos famalicenses para que “continuem a fazer um esforço para reduzir o consumo diário deste recurso”.

No mesmo sentido, a autarquia avançou com uma campanha de sensibilização e de incentivo à poupança e valorização da água nas várias plataformas do município, na comunicação social local e regional e em espaços outdoors de Famalicão, acrescenta a publicação.

“O combate a perdas na rede de abastecimento é também uma das preocupações do município que, muito recentemente, concluiu a colocação de equipamentos de medição e controle do caudal e da pressão da água pública em vários locais do concelho. Com esta medida a autarquia pretende reduzir, significativamente, as perdas de água no sistema de abastecimento, contribuindo para uma maior eficiência ambiental e económica do município”, destaca o comunicado.

A nota de imprensa recorda que, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, no final de Junho, mais de um quarto do país estava em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro. O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

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