Vinci e ANA ganham concessão dos aeroportos de Cabo Verde

No negócios estão os quatro principais aeroportos do país, internacionais, situados no Sal, Boavista (destinos mais turísticos) e em São Vicente e Praia (a capital), bem como três aeroportos domésticos (São Nicolau, São Filipe e Maio).

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Turismo é um dos pilares da economia de Cabo Verde. Enric Vives-Rubio

A Vinci, empresa francesa que gera os aeroportos em Portugal, ganhou a concessão das infra-estruturas aeroportuária de Cabo Verde por um período de quarenta anos. Num comunicado no qual não é referenciado o valor do negócio, a empresa diz que este envolve uma sociedade detida a 70% pela Vinci Airports e a 30% pela ANA – Aeroportos de Portugal. No conjunto estão os quatro principais aeroportos do país, internacionais, situados no Sal, Boavista (destinos mais turísticos) e em São Vicente e Praia (a capital), bem como três aeroportos domésticos (São Nicolau, São Filipe e Maio).

Nos próximos quarenta anos, a Vinci e a ANA são ser “responsáveis pelo financiamento, operação, manutenção, expansão e melhoria dos aeroportos”, refere o comunicado, no qual se acrescenta que haverá um projecto feito à medida para cada infra-estrutura, de acordo com a estratégia local para o turismo, pilar da economia de Cabo Verde.

O acordo foi rubricado esta segunda-feira pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e por Nicolas Notebaert, presidente executivo da unidade de aeroportos da Vinci, e marca a estreia da empresa em África. Ao todo, o grupo gere 53 aeroportos, com presença em 12 países.

Os detalhes financeiros do projecto, diz a Vinci, serão finalizados em meados de 2023, período em que a empresa começará a gerir os aeroportos, beneficiando da experiência ganha nos últimos dez anos em Portugal. No mercado nacional, e depois de ter sofrido prejuízos pela primeira vez em 2020, no valor de 79,7 milhões de euros, a empresa voltou aos lucros no ano passado, com um resultado líquido de 25,5 milhões. Em 2019, o lucro tinha sido de 303,4 milhões.

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