Medina garante que “política de contas certas” é para manter no OE2023

O governante que tem a pasta das Finanças defendeu que “sairmos da lista dos países com a maior dívida pública da Europa e fazermos disso uma prioridade política é das medidas mais importantes que o Estado pode fazer”

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Fernando Medina, ministro das Finanças LUSA/FERNANDO VELUDO

O ministro das Finanças reiterou esta sexta-feira que o próximo Orçamento do Estado vai “prosseguir a política de contas certas”, salientando que, num contexto de subida dos juros, “o melhor que o Estado pode fazer é governar-se bem a si próprio”.

“A prudência financeira, apostarmos na redução da dívida pública, sairmos da lista dos países com a maior dívida pública da Europa e fazermos disso uma prioridade política é das medidas mais importantes que o Estado pode fazer: governar-se bem a si próprio, para apoiar a vida das famílias e das empresas do nosso país”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas à margem da conferência “Millennium Talks” sobre investimento empresarial, promovida esta sexta-feira no Porto pelo Millennium BCP.

Momentos antes, enquanto discursava frente a uma plateia repleta de empresários, Fernando Medina avisou que, embora seja “ainda um pouco cedo para poder adiantar as linhas em detalhe relativamente ao Orçamento do Estado [OE2023], a orientação geral será prosseguir a política de contas certas”.

“Isto é, o Estado tem de ser, como foi em 2021 e em 2022, uma parte da solução e não um acrescento ao problema. Se, como vários sugerem, aproveitássemos as margens todas que a União Europeia permite e usássemos uma estratégia de superar o défice orçamental [para um valor acima dos 3% do PIB], em que posição estaríamos nós para lidar com um risco de adversidade de, por exemplo, termos no próximo ano um crescimento de 1% ou abaixo de 1%? Era simplesmente colocar-nos completamente fora de pé”, sustentou o ministro.

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