Esposende cancela a sua aldeia galaica devido ao risco de incêndios

A festa Galaicofolia, onde é recriada a vida de uma aldeia galaica, não aconteceu nos últimos dois anos por causa da pandemia e volta a ser cancelada, agora em período de contingência. Iria decorrer de 21 a 24 de Julho num espaço florestal do Castro de S. Lourenço, Vila Chã.

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Galaicofolia 2019 CM Esposende

A Comissão Municipal de Protecção Civil de Esposende decidiu esta quarta-feira, por unanimidade, cancelar a festa Galaicofolia, considerando não estarem reunidos os necessários requisitos de segurança, devido às condições climatéricas que ditaram a declaração de estado de contingência.

“Para montar todo o cenário da Galaicofolia, as intervenções teriam de iniciar-se amanhã (13 de Julho). Como não é permitida a realização das tarefas inerentes a este tipo de eventos, não estão reunidas as condições para concretizar o evento”, referiu o presidente da Câmara Esposende, Benjamim Pereira, lamentando “os transtornos causados por esta decisão, mas a segurança deverá ser sempre a nossa prioridade”.

O evento, que não se realizou durante os dois últimos anos por causa da pandemia de covid-21, estava agendado para entre 21 a 24 de Julho, num espaço florestal no Castro de S. Lourenço, na freguesia de Vila Chã.

A festa consiste na recriação do “modus vivendi” de uma aldeia galaica de há 2000 anos.

A Comissão Municipal de Protecção Civil de Esposende reuniu, tendo o coordenador do Gabinete Municipal de Protecção Civil, Júlio Melo, apresenta previsões meteorológicas “preocupantes” para os próximos dias, nomeadamente, o baixo índice de humidade e as temperaturas elevadas.

O comandante do destacamento de Esposende da GNR e os representantes das corporações de bombeiros manifestaram disponibilidade para “reforçar os efectivos”, mas mesmo assim foi decidido o cancelamento do evento, face à especificidade do espaço.

Entretanto, e face às previsões de altas temperaturas, o Município de Esposende avança com um plano de protecção às populações, com uma equipa de vigilância móvel que reforçará acções de patrulhamento e vigilância nas zonas florestais, activação da área de apoio logístico para as forças de socorro e colocação em pré-alerta de meios do município, nomeadamente equipa de apoio logístico e máquinas retroescavadoras.

Às juntas de freguesia foi solicitado o levantamento dos meios existentes nas freguesias, nomeadamente cisternas e tractores privados, além da criação de uma bolsa local de voluntários para apoio nas acções de rescaldo em incêndios rurais.

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