Portugal obriga campeãs da Europa a sofrerem

Nova recuperação lusa após desvantagem de dois golos, em partida muito disputada com uma das principais candidatas à (re)conquista do título europeu.

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Reuters/CARL RECINE
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A selecção feminina de Portugal perdeu, esta quarta-feira, à justa, por 3-2, em Manchester, frente à congénere dos Países Baixos, em jogo da segunda ronda do grupo C do Campeonato da Europa de Inglaterra 2022, pelo que terá, no domingo (17h, RTP1), no duelo com a Suécia, o encontro decisivo para o apuramento rumo aos quartos-de-final.

Ao contrário do sucedido no jogo de estreia frente à Suíça, Portugal entrou bem na partida, ao ponto de criar problemas inesperados para as campeãs da Europa e vice-campeãs do mundo, senhoras de um registo inatacável nos confrontos com a selecção lusa.

A equipa portuguesa ameaçou colocar-se em vantagem nos primeiros cinco minutos, tendo mesmo marcado, por Ana Borges - que aos 32 anos passa a deter o recorde de internacionalizações, com 146 jogos, superando a marca de Carla Couto -, um golo prontamente invalidado por posição irregular de Jéssica Silva, autora da assistência.

Com dois lances de muito perigo do ataque luso no mesmo minuto, a selecção dos Países Baixos interiorizava uma mensagem que só levou dois minutos a processar. A estatura das neerlandesas foi fundamental, com dois golos de cabeça a simplificarem a tarefa das campeãs europeias. Egurrola (7'), na sequência de um canto, e Van der Gragt (16'), após insistência em novo canto, colocavam Portugal em sentido.

Portugal acusava o golpe e percebia que o sucesso neste jogo, depois da recuperação frente às helvéticas, dependia da capacidade de regeneração e sofrimento para suportar a pressão exercida pelas adversárias no período que se seguiu até ao regresso aos balneários.

Mas, depois de alguns momentos de stress, Portugal conseguiu aproximar-se das neerlandesas, marcando de grande penalidade (38'), por Carole Costa (144 internacionalizações), em lance que implicou a intervenção do VAR, a detectar a infracção sobre Diana Silva, tocada no tornozelo.

Portugal, que só por uma vez, há 19 anos, se impôs à selecção laranja, aproveitou o início da segunda parte para mostrar que também tem argumentos no jogo aéreo, igualando mesmo o encontro com um golo de Diana Silva (47'), a cabecear com êxito após cruzamento de Carole Costa.

A equipa dos Países Baixos descobria nesse instante que precisava de puxar dos galões para evitar que a Suécia se isolasse na liderança do grupo C, depois de as escandinavas terem batido a Suíça por 2-1.

A resposta foi pronta, mas o VAR voltou a impor-se e a invalidar o golo de Roord (49') por posição irregular de Beerensteyn. Portugal respirou fundo e procurou baralhar as contas do grupo, confundindo um opositor que teve de enfrentar alguns problemas de confiança.

Portugal estava bem na partida, mas um momento de inspiração de Danielle van de Donk (62'), com um remate teleguiado, foi decisivo para derrotar a selecção portuguesa.

Na classificação do grupo C, os Países Baixos e a Suécia somam quatro pontos, contra um das portuguesas e das helvéticas. Os dois primeiros seguem para os quartos-de-final.

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