Câmara de Ansião pede mais meios “para evitar catástrofe”

O incêndio teve início às 14h50 de sexta-feira numa zona florestal e agrícola do concelho no distrito de Leiria e reactivou-se esta terça-feira.

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Portugal continental entrou às 00h00 de segunda-feira em situação de contingência LUSA/PAULO CUNHA

O presidente da Câmara de Ansião pediu esta terça-feira mais meios para combater o incêndio que se reactivou neste concelho do distrito de Leiria, de forma a “evitar uma catástrofe”. “Necessitamos de mais meios”, afirmou António José Domingues, frisando que “a situação está crítica”.

O autarca, que falava à Lusa pelas 18h20, destacou que “o fogo está à volta da aldeia” de Mogadouro, na freguesia de Santiago da Guarda, encaminhando-se para o concelho vizinho de Pombal, onde o incêndio começou na sexta-feira.

António José Domingues adiantou que pelo menos duas habitações, presumivelmente desabitadas, arderam e várias pessoas tiveram de sair das suas casas.

O incêndio teve início às 14h50 de sexta-feira numa zona florestal e agrícola na povoação de Vale da Pia, freguesia de Abiul, no concelho de Pombal. Mais tarde, as chamas acabaram por chegar ao concelho vizinho de Ansião, onde o incêndio se reactivou esta terça-feira.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), às 18h43 estavam no combate ao incêndio 223 operacionais, apoiados por 58 viaturas e três meios aéreos.

O presidente da Câmara de Ansião lamentou ainda que “na segunda-feira não se tenha aproveitado devidamente o dia, com mais baixa temperatura, para fazer o rescaldo, o que é obrigatório e necessário que se fizesse, para evitar o reacendimento”.

“O combate aos incêndios deve ser uma missão de todos, autarcas, população, Governo, bombeiros”, declarou António José Domingues, apontando, ainda, a necessidade de prevenção.

Portugal continental entrou às 00h00 de segunda-feira em situação de contingência, que deverá terminar às 23h59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

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