Cartuxa de Évora: última chamada para visitas antes da clausura ad eternum

O convento abriu-se a visitas pela primeira vez em 2020, após a saída nos últimos cartuxos. Até final de Julho há mais oportunidades. Depois chega a nova comunidade religiosa.

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Convento da Cartuxa em Évora ENRIC VIVES-RUBIO
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Convento da Cartuxa em Évora Rui Gaudencio
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Convento da Cartuxa em Évora Rui Gaudencio
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Convento da Cartuxa em Évora ENRIC VIVES-RUBIO
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Convento da Cartuxa em Évora Rui Gaudencio
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Convento da Cartuxa em Évora Rui Gaudencio
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Convento da Cartuxa em Évora Rui Gaudencio

A Fundação Eugénio de Almeida está a promover, desde esta terça-feira e até final de Julho, um conjunto de visitas adicionais ao Convento da Cartuxa, em Évora, anunciou a instituição.

O novo conjunto de visitas pretende “responder ao grande interesse que continuam a manifestar os que procuram conhecer este exemplar único da arquitectura religiosa em Portugal”, justificou a Fundação em comunicado.

As visitas guiadas ao Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (ou Escada do Céu), mais conhecido como Convento da Cartuxa, decorrem até 31 de Julho, de terça-feira a sábado, para grupos até 20 pessoas, mediante marcação prévia.

Após a saída dos últimos monges cartuxos, que viviam em reclusão e clausura, o mosteiro foi “palco” das primeiras visitas guiadas a 7 de Agosto de 2020, a que se juntaram depois diversas visitas abertas, promovidas pela FEA.

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Cartuxa de Évora JOSÉ MANUEL RODRIGUES

No passado mês de Abril, o espaço voltou a abrir ao público, após a realização de “obras de requalificação necessárias para o acolhimento das Irmãs do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará”, que vão passar a “habitar” o mosteiro.

As visitas a este “espaço de recolhimento e espiritualidade” foram, depois, encerradas em 18 de Maio, mas “a elevada procura” levou agora a Fundação Eugénio de Almeida (FEA) “a preparar um programa para as últimas visitas guiadas”.

"Em breve, o Mosteiro da Cartuxa de Évora encerra as suas portas à comunidade” de forma definitiva, lembrou a fundação.

O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, situado na periferia da cidade, foi, “durante 60 anos, um espaço inacessível, marcado pela clausura, silêncio e recolhimento da comunidade de cartuxos”.

Os últimos quatro monges da Ordem de São Bruno saíram no final de 2019, tendo o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelado, na altura, que o Convento da Cartuxa passaria a ser ocupado por monjas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.

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A despedida dos cartuxos em 2019 Rui Gaudêncio

Com construção iniciada em 1587, o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli foi o primeiro eremitério em Portugal da Ordem da Cartuxa.

Ao longo do tempo, teve diferentes utilizações, nomeadamente como Hospício de Donzelas Pobres de Évora, Escola Agrícola Regional e centro de lavoura da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.

Acabou por recuperar a sua função religiosa em 1960, “graças à intervenção de Vasco Maria Eugénio de Almeida”, relatou a FEA.

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