Twitter processa Elon Musk

A empresa descreve as razões citadas por Musk para abandonar a compra da rede social como um “pretexto” sem mérito.

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Elon Musk acusa o Twitter de não cumprir as suas obrigações contratuais Reuters/MIKE BLAKE

O Twitter está a processar o empresário Elon Musk por violar o acordo de 44 mil milhões de dólares (perto de 44 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual) para comprar a rede social. O objectivo do processo judicial, entregue num tribunal no estado norte-americano do Delaware, é obrigar o magnata a completar a aquisição do Twitter pelo valor proposto de 54,2 dólares por acção (cerca de 54 euros).

Elon Musk é acusado de “uma longa lista” de violações do acordo de aquisição do Twitter. “Musk aparentemente acredita que – ao contrário de qualquer outra entidade sujeita à lei contratual no Delaware – é livre de mudar de ideias, destruir a empresa, perturbar as suas operações, destruir o valor dos accionistas e ir-se embora”, lê-se no processo judicial que promete ser uma das maiores batalhas legais na história de Wall Street.

O homem mais rico do mundo deixou cair a compra do Twitter na passada sexta-feira. O empresário acusa a empresa de não cumprir as suas obrigações contratuais, ao recusar dar resposta a pedidos de informação relativos a contas falsas ou spam nas plataformas, que são fundamentais para o desempenho da rede social.

O Twitter descreve as razões citadas por Musk como um “pretexto” sem mérito e acusa o empresário de se afastar devido ao declínio no mercado de acções.

Esta terça-feira, as acções do Twitter valiam cerca de 34 dólares; quando Musk se propôs comprar o Twitter, no final de Abril, cada acção valia cerca de 50 dólares. As acções da Tesla, a principal fonte da fortuna de Musk, perderam 30% do seu valor desde que o negócio foi anunciado.

Os peritos jurídicos contactados pela Reuters acreditam que o Twitter terá vantagem em tribunal devido à forma como o Musk negociou o acordo, recusando-se a fazer as tradicionais diligências antes da aquisição.

Musk não respondeu ao pedido de comentário da Reuters para mais informações.

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