Sinner cada vez mais confortável sobre a relva

Italiano apurou-se para os oitavos-de-final do torneio de Wimbledon. Novak Djokovic é o adversário que se segue.

Foto
Jannik Sinner Reuters/PAUL CHILDS

Jannik Sinner teve uma ascensão meteórica no ténis. Tornou-se profissional em 2018 e, logo no ano seguinte, entrou no top 100 e venceu o Next Gen Finals. Em 2020, conquistou o primeiro torneio ATP e foi quarto-finalista em Roland Garros, proeza que repetiu no início deste ano, na Austrália. Pelo meio, no final de 2021, ocupou o nono lugar do ranking, ainda com 20 anos. Mas, apesar de todas qualidades que o levaram a obter estes sucessos, Sinner nunca tinha vencido um encontro oficial sobre relva. Até começar a competir na edição 2022 de Wimbledon.

Eis o jovem italiano a chegar aos oitavos-de-final, nos quais encontrou um adversário ainda mais novo: Carlos Alcaraz, 19 anos e sétimo mundial. E, no mais jovem duelo na segunda semana de Wimbledon desde 1985, Sinner produziu uma exibição de grande nível, para vencer, por 6-1, 6-4, 6-7 (8/10) e 6-3, no sexto match-point. O encontro poderia ter terminado no tie-break do terceiro set, mas Alcaraz salvou os dois match-points.

“É duro quando se tem match-points e temos de continuar a jogar. Faz parte do jogo e fiquei muito contente pela forma como reagi”, afirmou Sinner, que assinou 35 winners, ganhou 66% dos pontos disputados com o seu segundo serviço e anulou os sete break-points que enfrentou.

Nos quartos-de-final, Sinner vai defrontar o hexacampeão Novak Djokovic (3.º), que se impôs à revelação neerlandesa Tim van Rijthoven (104.º), por 6-2, 4-6, 6-1, 6-2.

No outro “quarto”, o número um britânico, Cameron Norrie (12.º), tem como adversário o belga David Goffin (58.º). Norrie é o quinto britânico a atingir esta fase em Wimbledon – sucedendo a Roger Taylor, Greg Rusedski, Tim Henman e Andy Murray – após eliminar Tommy Paul (32.º), por 6-4, 7-5 e 6-4. No mais longo encontro até ao momento nesta edição, 4h35m, Goffin venceu outro norte-americano, Frances Tiafoe (28.º), por 7-6 (7/3), 5-7, 5-7, 6-4 e 7-5.

Duas alemãs no “quartos"

No quadro feminino, já se sabe que uma das semifinalistas será alemã e estreante nesta fase em majors, depois da qualificação para os quartos-de-final das compatriotas (de gerações diferentes) Tatjana Maria, 34 anos, e Jule Niemeier, 22 anos.

Maria (103.ª), mãe de duas filhas, é a mais velha na Era Open a atingir os quartos-de-final de Wimbledon, depois de eliminar Jelena Ostapenko (17.ª), por 5-7, 7-5 e 7-5. Jule Niemeier (97.ª) é a quarta mais jovem alemã a atingir os “quartos” - mais novas só Bettina Bunge, Steffi Graf e Sabine Lisicki

A alemã nunca tinha vencido um encontro em quadros finais do Grand Slam até chegar a Wimbledon, onde venceu a britânica Heather Watson (121.ª), por 6-2, 6-4.

A grande favorita da parte inferior do quadro é Ons Jabeur (2.ª). A tunisina eliminou a belga Elise Mertens (31.ª), por 7-6 (11/9), 6-4, e continua a ser uma inspiração para as mulheres árabes e africanas. “Quero que elas acreditem mais em si próprias e acreditem que podem chegar aqui. Não venho de uma família rica, por isso, é preciso que parem de encontrar desculpas e ir à procura”, disse Jabeur, a jogadora com mais encontros ganhos nas duas últimas épocas: 82 (48 em 2021 e 34 este ano). A tunisina, que continua sem ceder qualquer set, vai decidir um lugar nas meias-finais com a checa Marie Bouzkova (66.ª).

Sugerir correcção
Comentar