Doentes com senha azul ou verde vão ser reencaminhados para os cuidados de saúde primários

Informação foi veiculada pelo presidente da ACSS, Victor Herdeiro, numa sessão de perguntas e respostas de um painel no fórum anual do Plano de Recuperação e Resiliência.

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Doentes menos urgentes seguirão para centros de saúde Paulo Pimenta

Os doentes triados com senha azul ou verde nas urgências hospitalares vão passar a ser reencaminhados para os cuidados de saúde primários, segundo uma circular que vai ser emitida pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

O presidente da ACSS, Victor Herdeiro, deu esta informação nesta quinta-feira quando participava na sessão de perguntas e respostas de um painel no fórum anual do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), organizado pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal e a Comissão Europeia, no Museu dos Coches, em Lisboa.

Salientando o impacto do PRR na saúde, Vítor Herdeiro assinalou a importância de atenuar a afluência de doentes não urgentes às urgências hospitalares.

“É garantir que os doentes que são triados a verde ou azul nas urgências possam ser reencaminhados para os cuidados de saúde primários. Portugal é conhecido por ter um acesso excessivo à urgência de doentes não urgentes. Uma circular que vai sair agora da ACSS vai exactamente enquadrar este plano no sentido em que as pessoas sejam atendidas”, disse.

O responsável da ACSS destacou que “naturalmente, as pessoas que precisarem de ir às urgências” poderão continuar a fazê-lo, mas defendeu a importância de “aprofundar” a relação — “que já existe” entre unidades hospitalares e cuidados de saúde primários.

“A expectativa é que até ao final do ano já se consiga sentir essas alterações e no ano seguinte se sinta de uma forma mais intensa”, acrescentou.

Em 2019, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral puseram em marcha um um projecto-piloto para encaminhar os doentes não urgentes das urgências para consultas no próprio dia nos centros de saúde. O objectivo deste plano era reduzir as chamadas “falsas urgências”, que no primeiro semestre desse ano ascenderam a perto de 40% das urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

O projecto-piloto arrancou a 1 e Agosto e começou por envolver 13 de médicos de família de duas unidades de saúde familiar do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) do Pinhal Litoral.

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