Actividade turística cresceu em Maio e ficou próxima dos níveis pré-pandemia

Nos primeiros cinco meses do ano, as dormidas aumentaram 355,2%, com contributos dos residentes (128,5%) e, essencialmente, dos não residentes (775,8%).

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Rui Gaudencio

O sector do alojamento turístico continuou a recuperar em Maio e está cada vez mais perto de atingir o nível de 2019. Os 2,5 milhões de hóspedes e 6,5 milhões de dormidas registados correspondem “a aumentos de 162,1% e 221,8% face ao mesmo mês de 2021, ficando apenas a menos 3,2% e 0,7%, respectivamente, face a Maio de 2019, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta quinta-feira.

O mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 4,7 milhões, o que representa, na comparação homóloga, que o mercado interno cresceu 11,6% e os mercados externos diminuíram 4,7%.

Os dados do INE para o conjunto dos primeiros cinco meses de 2022 mostram que “as dormidas aumentaram 355,2% (+128,5% nos residentes e +775,8% nos não residentes)”. Comparando com o mesmo período de 2019, “as dormidas decresceram 9,0%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-14,4%), dado que as de residentes cresceram 4,9%”.

A maior recuperação foi verificada nas dormidas na hotelaria, de 237,5% (-0,9% face a Maio de 2019). Este segmento representa 82,9% do total. Nos estabelecimentos de alojamento local (13,8% do total), o crescimento foi de 200,4% (-4,8%, comparando com Maio de 2019) e no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,3%), a subida foi de 70,4% (+30,1% face a Maio de 2019).

Os aumentos das dormidas verificaram-se em todas as regiões, com o Algarve a concentrar 28,6%, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (26,3%), o Norte (16,4%) e a Região Autónoma da Madeira (12,1%).

E a estada média aumentou 22,7% em Maio, para 2,56 noites, depois do crescimento de 23,9% em Abril. A estada média dos residentes (1,89 noites) aumentou 6,8% e a dos não residentes (2,98 noites) cresceu 2,3%, com a Madeira e o Algarve a atingir os valores mais elevados: 4,52 e 3,77 noites, respectivamente.

Relativamente aos mercados emissores, e comparativamente a 2019, os maiores crescimentos foram registados nos mercados dinamarquês (+38,2%), romeno (+36,7%), checo (+32,8%) e norte-americano (+21,9%). E as maiores descidas verificaram-se nos mercados brasileiro (-25,8%), sueco (-18,0%) e austríaco (-11,7%). Entre os maiores mercados, o mercado britânico (21,7% do total das dormidas de não residentes em Maio) diminuiu 0,8% relativamente ao mesmo mês de 2019, o alemão (11,8% do total) diminuiu 7,3% e o mercado francês (quota de 10,7%) recuou 10,0%.

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