Constança Quinteiro volta aos singles com Conta-me, ensinamentos nascidos de um luto

Com um primeiro EP lançado em finais de 2021, Aventurina, Constança Quinteiro volta aos singles com uma canção nascida de um processo de luto, Conta-me, que escreveu para a sua avó materna. “Apesar de ela ter partido há cerca de seis anos, demorei algum tempo a conseguir escrever uma canção que a homenageasse da maneira certa”, escreve ela no texto que anuncia o novo single e um videoclipe realizado por Ana Ladislau e Joanna Correia. “Não queria escrever algo triste, primeiro porque minha avó era uma pessoa alegre e cheia de vida e segundo, porque penso que temos que nos agarrar às coisas boas que ficam, às memórias, às recordações, aos ensinamentos, às experiências, à vida. Então decidi escrever uma mensagem para a minha querida avó Ana, onde quer que ela esteja, para lhe dizer o quão gosto dela e que apesar da saudade estou bem e continuo a lutar pelos meus sonhos.” Está ok

Nascida em Cascais, em 30 de Janeiro de 1991, mas crescida em Sesimbra, as músicas que mais fascinavam Constança na adolescência eram a soul e o rhythm’n’blues, como ela contou ao PÚBLICO em Dezembro de 2021. “Mais tarde, quando estive em Londres, comecei a interessar-me pelo R&B alternativo, sobretudo o que se faz em Inglaterra, e, com a maior projecção dos músicos lusófonos, comecei a ouvir muito Dino d’Santiago, Mayra Andrade, e também mais música brasileira.” E foi em Londres que começou a gravar o seu disco de estreia, com produção de Miguel Ferrador, que estava também em Londres e já tinha produzido o EP dos Medvsa, duo que Constança formara em 2017 com um amigo e que foi finalista do EDP Live Bands em 2018. Agora, com Conta-me, Constança espera que esta “sirva não só para trazer um pouco de luz e força a quem esteja a passar pelo processo de luto, mas também para que nos lembrar de que há que aproveitar cada momento com as pessoas de quem mais gostamos e não passar a vida a adiar os telefonemas aos avós, os almoços de família e os encontros com os amigos.”