Depósitos aumentam em Maio para novo recorde de 178,4 mil milhões de euros

O volume de crédito também subiu para a compra de habitação e consumo.

Foto
Famílias voltam a aumentar a poupança confiada aos bancos Ricardo Lopes

A maior incerteza em relação à evolução da guerra na Ucrânia, à subida de preços e a outras variáveis que os particulares não controlam explicam o aumento da poupança. De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), o montante de depósitos continuou a crescer em Maio, atingindo um novo recorde de 178,4 mil milhões de euros.

Trata-se de um aumento de cerca de 1,15 mil milhões de euros de euros face ao mês de Abril, e uma variação de 6,8% face ao mesmo mês de 2021.

Contudo, a taxa de variação anual caiu ligeiramente em Maio, face aos 6,9% de Abril, o valor mais alto no corrente ano.

Mas se a poupança aumentou, o endividamento também manteve o ritmo ascendente nas finalidades de compra de casa e consumo.

No mês em causa, o montante de empréstimos concedidos para habitação totalizou 98,7 mil milhões de euros, mantendo um crescimento de 4,8% por comparação com o mês homólogo, e a mesma taxa de variação anual de Abril.

O montante total dos empréstimos ao consumo subiu para 20,1 mil milhões de euros, o que representa uma variação de 4,9% relativamente a Maio de 2021.

O montante de empréstimos concedidos às empresas também subiu, para 76,7 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

“Ainda assim, este crescimento foi inferior ao registado nos meses anteriores, uma tendência que se mantém desde Fevereiro”, destaca o BdP, acrescentando que “a desaceleração foi mais expressiva nas pequenas e médias empresas e nas empresas do sector do alojamento e restauração”.

Em sentido contrário, verificou-se um aumento nos empréstimos concedidos às micro e grandes empresas e às empresas do sector das actividades imobiliárias.

Sugerir correcção
Comentar