Parlamento de Israel dá mais um passo para a sua dissolução

Depois de uma primeira votação, estão previstas mais duas antes de dissolver o Knesset e marcar eleições antecipadas. Benjamin Netanyahu tenta arregimentar tropas que lhe permitam formar uma coligação sem ir a eleições.

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O ministro e parceiro de coligação Yair Lapid deverá ocupar a chefia do Governo na quarta-feira Reuters/RONEN ZVULUN

O Parlamento de Israel deu mais um passo para a sua dissolução ao aprovar na terça-feira de manhã a lei que conduzirá à marcação de eleições antecipadas. Estão previstas mais duas votações, que deverão realizar-se no máximo até quarta-feira.

Depois de intensas negociações na segunda-feira entre a coligação do Governo e a oposição, o decreto foi aprovado por 53 votos a favor e zero contra. Entre os pontos debatidos esteve a data das eleições, que devem acontecer a 25 de Outubro ou 1 de Novembro.

Uma vez aprovada definitivamente a proposta, o primeiro-ministro Naftali Bennett vai entregar o poder ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros e parceiro de coligação, Yair Lapid, que se manterá em funções durante todo o período eleitoral.

Na segunda-feira, membros do Likud, na oposição, e de partidos ultra-ortodoxos procuraram arregimentar deputados suficientes para formar uma coligação liderada por Benjamin Netanyahu, o ex-primeiro-ministro, sem necessidade de eleições. Netanyahu foi afastado do poder há cerca de um ano e está acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança em três processos judiciais.

“Farei tudo o que for possível para evitar a formação de um Governo alternativo no Knesset [Parlamento] liderado por Netanyahu”, declarou o ministro da Defesa, Benjamin Gantz, líder do partido Azul e Branco que chegou a ser aliado do antigo governante.

O actual Governo israelita é composto por oito partidos de diferentes sensibilidades políticas e, há um ano, garantiu a maioria parlamentar por apenas um deputado. Na semana passada, Naftali Bennett e Yair Lapid anunciaram que não era possível estabilizar a coligação e propuseram novas eleições legislativas – serão as quintas em três anos.

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