Kremlin diz que Zelensky pode terminar a guerra ainda hoje, se mandar baixar as armas

O porta-voz do Kremlin garante que a guerra não precisa de terminar só no final do ano, como Zelensky apelou na cimeira do G7. Se as “forças nacionalistas” depuserem as armas, pode acabar “até ao final do dia de hoje”.

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Vladimir Putin ALEXEI DRUZHININ/SPUTNIK/KREMLIN POOL

As autoridades russas garantiram, nesta terça-feira, que as hostilidades em Kiev podem terminar “antes do final do dia”, caso o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ordene que os seus “grupos nacionalistas” deponham as armas. Quem o disse foi Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, como resposta às declarações de Zelensky, nas quais afirmou que gostaria que os confrontos terminassem antes que o Inverno começasse e que as temperaturas baixassem.

O lado ucraniano pode acabar com tudo isto antes do final do dia. Apenas uma ordem é necessária para que as unidades nacionalistas deponham as suas armas”, enfatizou Peskov, que também pede que Kiev “cumpra todas as exigências russas” de modo a atingir este objectivo.

“Tudo o resto é apenas uma especulação do chefe de Estado ucraniano”, concluiu o porta-voz, que garantiu que a Rússia vai continuar com o plano elaborado pelo Presidente Vladimir Putin até à conquista de Kiev.

Foi na cimeira da passada segunda-feira do G7, que juntou os líderes dos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão, que o Presidente ucraniano pediu que todos os esforços fossem feitos de modo a que a guerra termine antes do final do ano, constituindo a primeira vez que Zelensky aludiu a um prazo concreto para o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Como justificação para esta baliza temporal, Zelensky explicou que as condições climáticas mais rigorosas do Inverno vão deixar a situação no campo de batalha mais adversa para a estratégia de contra-ataque ucraniana, de acordo com fontes diplomáticas citadas sob anonimato pelas agências internacionais. Por isso, acrescentou, os líderes do G7 devem “manter a pressão máxima sobre a Rússia” para que ponha termo à invasão lançada no final de Fevereiro.

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