Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Volodymyr Zelensky pediu mais armas para acabar com a guerra até ao final do ano. Líderes do G7 vão dar 27 mil milhões de euros à Ucrânia e utilizar activos russos congelados na reconstrução do país. Ataque russo a centro comercial provoca 13 mortos. Um resumo em actualização ao longo do dia.

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Cimeira do G7 na Alemanha EPA/CLEMENS BILAN / POOL

► O Presidente ucraniano dirigiu-se à cimeira do G7 na Alemanha para pedir mais sanções contra a Rússia, garantias de segurança e o envio de sistemas de defesa antiaérea para acabar com a guerra até ao final do ano. Zelensky pediu ainda o apoio dos países mais ricos para viabilizar a exportação de cereais da Ucrânia e para a reconstrução do país.

Em resposta, os líderes do G7 revelaram que vão continuar responder aos pedidos urgentes de Kiev e adiantaram que vão fornecer “até cerca de 27 mil milhões de euros de apoio orçamental para o ano de 2022” e utilizar os activos russos congelados para reconstruir a Ucrânia.​

​► A NATO vai aumentar o número de militares nas forças para mais de 300 mil, revelou o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg. As tropas vão juntar-se aos 40 mil soldados que fazem parte da organização.​

​► A Rússia entrou em incumprimento de dívida pela primeira vez em mais de cem anos. O país encontrou alternativas para contornar as sanções impostas pelo Ocidente, mas no domingo o período de carência para o pagamento de cerca de cem milhões de dólares em juros expirou.​

​► O Kremlin, por outro lado, rejeitou as alegações, garantindo que os pagamentos foram feitos até Maio e culpabilizou eventuais incumprimentos com o facto de as transacções terem sido bloqueadas pela Euroclear devido às sanções.​

​► A Rússia prometeu atingir o Japão com contramedidas em resposta à imposição de sanções de Tóquio devido à invasão da Ucrânia. As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, incluem a proibição de importações de ouro russo e congelamentos de activos.​

​► As operações de retirada de civis em Severodonetsk, no Leste da Ucrânia, estão limitadas “para a Rússia ou territórios ocupados” por Moscovo, revelou o chefe da administração militar. De acordo com Oleksandr Striuk a situação no território é “crítica”, uma vez que a cidade está a ficar sem alimentos, água e médicos.​

Na cidade-gémea de Lysychansk, o governador regional de Lugansk, Sergei Haidai, confirmou que a situação é “extremamente difícil” e deixou um apelo para que os civis deixem a cidade “imediatamente”.​

​► Na frente de combate, os mísseis russos atingiram um centro comercial na cidade de Kremenchuk, no centro da Ucrânia numa altura em que estavam cerca de mil pessoas no interior. Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque como um “vergonhoso acto terrorista”.

► A Ucrânia solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre os últimos bombardeamentos russos contra alvos civis na Ucrânia, a ser realizada na terça-feira às 19h TMG (20h em Lisboa), anunciou a presidência albanesa.

► O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que um míssil atingiu um edifício residencial em Kiev, durante o fim-de-semana, mas acrescentou que o incidente poderá ter resultado de uma falha do sistema de defesa aérea da Ucrânia que interceptou o rocket e fez com que atingisse o prédio.​

► Pelo menos oito civis ucranianos morreram e 21 ficaram feridos num bombardeamento russo em Lysychansk (leste), cidade gémea de Severodonetsk, que foi recentemente conquistada pelas forças de Moscovo, anunciou o governador regional.

► O director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, reafirmou esta segunda-feira as preocupações sobre a central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia​, sob controlo russo, e disse não se poder excluir a possibilidade de um acidente.

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