Oceanos: Números para compreender os mares e os problemas que enfrentam

Qual maior oceano do mundo? Quanto da superfície terrestre é ocupado por oceanos e mares? Qual o ritmo da subida do nível das águas? Onde fica o ponto mais profundo do mar? Quantos peixes existem no mar? Eis alguns dados sobre o mundo de água que nos rodeia.

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Nuno Ferreira Santos

A protecção dos oceanos discute-se em Lisboa de 27 de Junho a 01 de Julho na segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, procurando soluções para problemas como a poluição marinha e as ameaças à biodiversidade. Eis alguns números relevantes para a compreensão dos oceanos e das questões em discussão:

Cinco oceanos e sete mares cobrem 363 milhões de quilómetros quadrados, o equivalente a 72 por cento da superfície terrestre.

O maior oceano do mundo é o Pacífico, com uma superfície de 161 milhões de quilómetros quadrados, seguido do Atlântico, Índico, Oceano do Sul e Árctico.

O Oceano do Sul, reconhecido em 2021 pela National Geographic Society, liga todos os outros na região antárctica.

O volume de água nos oceanos está calculado em mais de 1,38 mil milhões de quilómetros cúbicos, equivalente a cerca de 97% da água existente na Terra.

Mais de 600 milhões de pessoas vivem a menos de dez metros acima do nível da água do mar e quase 2,4 mil milhões residem a menos de 100 quilómetros da costa.

Actualmente, o nível das águas do mar sobe mais de três milímetros todos os anos, mais do dobro do ritmo anual de subida registado durante o século XX.

O ponto mais profundo do leito marinho que se conhece fica a 10.935 metros de profundidade no Oceano Pacífico, na fossa das Marianas e é conhecido por Challenger Deep.

O cálculo científico mais aproximado estima em 3,5 biliões o número de peixes no oceano.

Cerca de 200 milhões de toneladas de peixe são pescadas dos mares todos os anos, mais de 100 milhões das quais produzidas em regime de aquacultura.

Quanto a espécies marinhas, os cientistas catalogaram até agora 210.000, mas admitem que o número total seja até 10 vezes superior.

Nos últimos 500 anos, 15 espécies de peixes, aves e mamíferos marinhos foram declaradas extintas.

O tráfego marítimo mundial gera cerca de 1000 milhões de toneladas de dióxido de carbono, cerca de 3% das emissões globais.

No fundo do mar estima-se que estejam os destroços de três milhões de navios, menos de 1% dos quais explorados.

O Canadá é o país com a maior linha de costa, numa extensão de 202 mil quilómetros, mais de metade dos 356 mil quilómetros de costa de todos os países do mundo.

Portugal tem uma zona económica exclusiva superior a 1,7 milhões de quilómetros quadrados, a 20.ª maior do mundo e a terceira maior da União Europeia. Se for alargada a plataforma continental, aumentará para 3,8 milhões de quilómetros quadrados.

Os oceanos absorvem 30% do dióxido de carbono libertado para a atmosfera. Estima-se que contenham 38 biliões de toneladas de CO2.

Desde o início da era industrial, os oceanos tornaram-se mais ácidos por causa da quantidade maior de dióxido de carbono, subindo 0,1 na escala de pH de 8,1 para 8,2.

Cerca de um quarto das reservas acessíveis de petróleo mundiais, estimadas em 41 mil milhões de toneladas, encontra-se sob o leito marinho.

Entre energia eólica, energia das marés e outras renováveis, os oceanos podem produzir em teoria entre 20.000 e 80.000 terawatts de energia por hora, ou seja entre 100% e 400% do consumo de electricidade global.

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