Covid-19 em Portugal: número de novos casos e de óbitos está a descer

Em comparação à semana anterior, registaram-se menos 17.185 casos de infecção e menos 22 mortes associadas à covid-19. R(t) é agora de 0,88.

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Portugal registou, entre 14 e 20 de Junho, 95.943 casos de infecção Reuters/STEPHANE MAHE

Portugal registou, entre 14 e 20 de Junho, 95.943 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 239 mortes associadas à covid-19 e uma nova diminuição dos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos, indicou esta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 17.185 casos de infecção, verificando-se ainda uma redução de 22 mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.

Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1743 pessoas, menos 153 do que no mesmo dia da semana anterior, com 85 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos 13. As unidades de cuidados intensivos estavam com uma ocupação de 33% do limiar definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador estava nos 34,8%, e apresentavam uma tendência decrescente.

De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 932 casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma diminuição de 15% em relação à semana anterior, e o índice de transmissibilidade — R(t) — do coronavírus registava o valor de 0,88.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 45.219 casos entre 14 e 20 de Junho, menos 4851 do que no período anterior, e 84 óbitos, mais três. A região Centro contabilizou 12.521 casos (menos 2992) e 40 mortes (menos 24) e o Norte totalizou 22.401 casos de infecção (menos 7560) e 80 mortes (mais três). No Alentejo foram registados 3916 casos positivos (menos 350) e oito óbitos (menos nove) e no Algarve verificaram-se 4821 infecções pelo SARS-CoV-2 (mais 332) e seis mortes (menos cinco).

Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 3.558 novos contágios entre 14 e 20 de Junho (menos 1167) e nove mortes (mais seis), enquanto a Madeira registou 3507 casos nesses sete dias (menos 597) e 12 óbitos (mais quatro), de acordo com os dados da DGS.

Segundo o relatório, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (16.141), seguida das pessoas entre os 50 e os 59 anos (15.211), enquanto as crianças até 9 anos foram o grupo com menos infecções (4.642) nesta semana.

Dos internamentos totais, 700 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (412) e dos 60 aos 69 anos (220).

A DGS contabilizou ainda 14 internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, 11 dos 10 aos 19 anos, 22 dos 20 aos 29 anos, 32 dos 30 aos 39 anos, 62 dos 40 aos 49 anos e 116 dos 50 aos 59 anos.

O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 180 pessoas com mais de 80 anos, 38 pessoas entre os 70 e 79 anos, 13 entre os 60 e 69 anos, quatro entre os 50 e 59 anos, três entre os 40 e 49 anos e uma entre os 30 e 39 anos.

“A 20 de Junho, a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 48,6 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, o que revela um abrandamento da tendência crescente, com possível inversão para decrescente”, segundo o relatório.

Apesar disso, este valor de 48,6 óbitos é ainda superior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), refere o documento, que avança que a mortalidade por todas as causas encontra-se acima dos valores esperados para a época do ano, em parte associado à mortalidade específica por covid-19.

Relativamente à vacinação contra a covid-19, o boletim refere que 93% da população tem a vacinação completa, 64% dos elegíveis a primeira dose de reforço e 52% dos idosos com 80 ou mais anos a segunda dose para reforçar a imunização contra o SARS-CoV-2.

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