Os 75 anos da publicação da edição original de O Diário de Anne Frank assinalam-se amanhã. Por isso, chegou às livrarias portuguesas uma edição especial desta obra. 

"No presente volume, o texto integral da versão definitiva é valorizado por uma colecção de fotografias a cores da família Frank e dos demais ocupantes do anexo secreto, documentos exclusivos da Fundação Anne Frank", revela a editora Livros do Brasil.

Nas últimas páginas do livro é dito ao leitor que a Fundação Anne Frank, em cooperação com diferentes editoras, é responsável pela publicação deste diário em todo o mundo. "A totalidade das receitas são utilizadas em projectos de promoção da paz e do diálogo, que, por exemplo, fortaleçam os direitos das crianças e forneçam educação contra o racismo e o anti-semitismo", explica a editora.

DIÁRIO

O Diário de Anne Frank - Edição Especial
Autora: Anne Frank
Tradução: Elsa T. S. Vieira
480 págs., 22,00€ 
Nas livrarias a 23 de Junho

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Edição Definitiva em e-book

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Esta edição especial tem capa dura e um grafismo que simula o diário original, como se comprova nas páginas dos extratextos onde há uma fotografia a cores do diário original. Anne Frank, que nasceu a 12 de Junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, no seio de uma família judaica, morreu de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen em Março de 1945, dois meses antes do fim da Segunda Guerra Mundial. 

"Escrito entre 12 de Junho de 1942 e 1 de Agosto de 1944, O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, revelando ao mundo o dia-a-dia de dois longos anos de uma adolescente forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um grupo de outros judeus, durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão. Todos os que se encontravam naquele pequeno anexo secreto acabaram por ser presos em Agosto de 1944", conta a Livros de Brasil que também está a publicar, pela primeira vez em Portugal, esta obra em formato e-book.

 

Também nesta semana chegou às livrarias o primeiro romance de Rui Couceiro, editor da Contraponto (responsável pelo lançamento da colecção de biografias mas também pelos best-sellers da apresentadora Cristina Ferreira, da nutricionista Ágata Roquette ou da humorista Joana Marques). Foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora durante dez anos, até que, em 2016, assumiu funções de editor na Bertrand. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e tem uma pós-graduação em Estudos Culturais. Abandonou uma tese de doutoramento em Estudos Culturais, para escrever este romance. No Leituras é possível ler uma pré-publicação deste livro. 

FICÇÃO

Baiôa sem data para morrer
Autor: Rui Couceiro
Editora: Porto Editora
448 págs.,  19,90€
Nas livrarias desde 23 de Junho

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 "Num romance que tanto tem de poético como de irónico, repleto de personagens memoráveis e de exuberância imaginativa, e construído como uma teia que se adensa ao ritmo da leitura, Rui Couceiro põe frente a frente dois mundos antagónicos, o urbano e o rural, e duas gerações que se encontram a meio caminho, sobre o pó que ali se tinge de vermelho, o mais novo à espera, o mais velho sem data para morrer", resume a Porto Editora.

"O que mais diz sobre mim é a minha imaginação e o que eu consigo ou não fazer com ela e com as ferramentas narrativas de que dispuser. Neste caso, eu quis deixar o leitor sem direcção até a uma fase muito adiantada do romance. Quis tirar-lhe referências, mergulhá-lo em informações múltiplas, de vários universos. E, só mais tarde, aos poucos, ir encaminhando a história para onde ela deveria ir", escreve o autor no comunicado de imprensa.

No Porto, onde o Rui Couceiro nasceu, o lançamento decorre no dia 25, às 17h, no Museu Nacional Soares dos Reis, com apresentação de Valter Hugo Mãe, moderação de Inês Meneses e leituras de André Rodrigues. Em Lisboa, será no dia 28, às 18h30, na Casa do Alentejo: apresentação de Alberto Manguel, moderação de Luís Osório e leituras de José Anjos. Em Espinho, acontece a 30 Junho, às 18h, na Biblioteca Municipal (Sala Polivalente), com apresentação de Mário Augusto e moderação de Sérgio Almeida. E em Viseu, a 1 Julho, 18h30, na Livraria Bertrand Palácio do Gelo, com apresentação de Fernando Alexandre Lopes.

 

OBRA COMPLETA

Obra completa
Autoria: António Gedeão
Editora: Relógio D'Água
740 págs., 31,80€
Já nas livrarias
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Com notas introdutórias da escritora Natália Nunes (com quem o poeta foi casado), a Obra Completa de António Gedeão (pseudónimo do professor Rómulo Vasco da Gama Carvalho) regressa às livrarias. Há muito que esta obra do autor do poema Pedra Filosofal, cantado nos anos 1970 por Manuel Freire, estava esgotada. Esta edição integra também o texto de Jorge de Sena A Poesia de António Gedeão — Esboço de análise objectiva, bem como cartas que António Gedeão escreveu ao académico e escritor que foi seu aluno; narrativas como A Poltrona e outras novelas; as suas peças de teatro; os ensaios literários; e os textos e poesias da infância e juventude. "Uma das [obras] mais diversificadas e originais do século XX português."

 

AUTOFICÇÃO


Yoga
Autoria: Emmanuel Carrère 
Editora: Quetzal
328 págs., 18,80€
Já nas livrarias
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"Como tenho de começar por algum lado o relato dos quatro anos ao longo dos quais tentei escrever um livrinho sorridente e subtil sobre yoga, enfrentei coisas tão pouco sorridentes e subtis como o terrorismo jiadista e a crise de refugiados, mergulhei numa tal depressão melancólica que tive de ficar internado quatro meses no hospital Sainte-Anne e, para rematar, perdi o meu editor, que pela primeira vez em trinta e cinco anos não lerá um livro meu, como tenho efectivamente de começar por algum lado, escolho aquela manhã de Janeiro de 2015 em que me questionei, ao fechar o saco de viagem, se seria melhor pôr lá dentro o telemóvel, sabendo que de qualquer modo teria de desfazer-me dele no local para onde ia, ou deixá-lo em casa"​, escreve neste livro de autoficção o francês Emmanuel Carrère.

 

Entretanto a lista dos romances finalistas do Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLAB – 2021 foi divulgada nesta sexta-feira de manhã pela direcção da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

O júri, coordenado por José Manuel de Vasconcelos, e constituído por Carlos Nogueira, Helena Carvalhão Buescu, Fernando Batista, Maria Etelvina Santos e Rita Marnoto, seleccionou para esta short list, as obras: Sinopse de Amor e Guerra, de Afonso Cruz ( ed. Companhia das Letras) que a crítica literária Helena Vasconcelos recenseou para o ÍpsilonMaremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida (ed. Relógio D’Água) sobre o qual eu escrevi; Volta ao Mundo em Vinte Dias e Meio, de Julieta Monginho; Embora Eu Seja Um Velho Errante, de Mário Cláudio (Ed. Dom Quixote) que foi recenseado pelo crítico Mário Santos e O Regresso de Júlia Mann a Paraty, de Teolinda Gersão, que foi entrevistada para o Ípsilon a propósito desse livro por José Riço Direitinho.

"A deliberação final do júri, revelando o livro vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela – 2021, será divulgada oportunamente", esclarecem no comunicado.

E a propósito da Conferência dos Oceanos, o PÚBLICO convidou quatro escritores a lerem um excerto, que gostassem, de um livro sobre o mar. De Norte a Sul do país, Afonso CruzMário CláudioDjaimilia Pereira de Almeida e Lídia Jorge aceitaram o nosso desafio. Os vídeos podem ser vistos no Azul, o novo projecto e site do PÚBLICO dedicado a temas do ambiente

 

Esta semana foi apresentado o programa de Espanha, o país convidado da próxima Feira do Livro de Frankfurt. E também a programação do Centenário de Agustina Bessa-Luís. 

Em Oslo, a escritora zimbabuana Tsitsi Dangarembga e o escritor norueguês Karl Ove Knausgård entregaram os seus manuscritos à Future Library. 

A jornalista Clara Barata conversou com Oded Galor a propósito do A Jornada da Humanidade – As Origens da Riqueza e Desigualdade (ed. Lua de Papel). E a jornalista Carolina Amado entrevistou o autor de Quanto Menos Soubermos, Melhor Dormimos

No caderno Ípsilon de hoje, a partir do lançamento de um livro que homenageia o repórter Carlos Santos Pereira, olhamos para o estado da arte mais arriscada no jornalismo: a reportagem de guerra. Um dossier de Isabel Lucas e Alexandra Prado Coelho

Boas leituras. Até para a semana.